O policial militar Anderson de Oliveira Freitas, acusado de matar o cantor MC Primo terá de ir à júri popular. A decisão foi do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) que vai promover a sentença ao acusado do crime ocorrido em 19 de abril de 2012. Na época, o funkeiro estava na frente à casa onde morava, no bairro Jóquei Clube, em São Vicente, quando foi assassinado.
De acordo com a sentença do juiz Alexandre Torres de Aguiar da 1ª Vara Criminal, os indícios apresentados são suficientes de que Freitas seja o autor do crime de homicídio qualificado.
De acordo com o documento, ao ser interrogado em juízo, o acusado negou o crime descrito na denúncia e disse que não trabalhou como policial militar na data dos fatos, pois era folga dele.
Além disso, o acusado declarou que não conhecia a vítima antes dos fatos serem veiculados e alegou desconhecer o autor do crime, bem como o motivo pelo qual foi apontado como tal.
Na sentença, o juiz apontou que uma testemunha protegida reconheceu o acusado, em juízo, em um mercado onde ele teria cumprimentado a vítima. Diante dessas informações, o magistrado decidiu que o réu será julgado pelo Tribunal do Júri.
Até a data do julgamento, Anderson permanecerá detido preventivamente no Presídio Militar Romão Gomes, em São Paulo.
Entenda como foi o crime
No dia 19 de abril de 2012, Jadielson da Silva Almeida, o MC Primo, foi abordado por criminosos em uma motocicleta e um carro branco quando chegava em casa, em São Vicente. Mas antes de um homem encapuzado fazer a abordagem, foi exigido que a mulher e os dois filhos entrassem rapidamente em casa. A informação foi dada segundo a investigação.
Onze disparos foram dados contra o cantor. Segundo o Instituto Médico Legal (IML), o corpo do funkeiro tinha quatro perfurações no tórax, duas na coxa direita, uma no ombro, três nas costas e um no punho esquerdo.