Em mais de 60 anos de história do Grammy Awards, Brasil teve poucos representantes concorrendo ao prêmio. Quando se trata de mulheres, esse número é ainda menor. Entre elas, Thalma de Freitas, a convidada especial do +Preta da semana.
Filha do pianista, arranjador, compositor e maestro Laércio de Freitas, Thalma nasceu no Rio de Janeiro, em 1974, e iniciou sua carreira artística participando de musicais na cidade de São Paulo. Multiartista e ativista na luta antirracista, foi destaque tanto na música quanto nos palcos e telas, trazendo sempre excelência em sua arte.
Em 1996, lançou o seu primeiro álbum, “Thalma”, com regravações e inéditas de composições em parceria e solo, cheio de R&B, baladas e dance music. Depois, em 2004, foi a vez de lançar o disco Thalma de Freitas, que contou com faixas como “Doce de Coco” e “Cordeiro de Nanã”.
A artista também atuou como crooner da big band brasileira Orquestra Imperial e, em 2007, gravou um disco com a banda: “Carnaval Só No Ano Que Vem”, onde dá voz as faixas “Não Foi Em Vão” e faz vocais em “O Mar E O Ar” e “Rue De Mes Souvenirs”.
Indicação de Thalma de Freitas ao Grammy Awards de Melhor Álbum de Jazz Latino
A artista recebeu aclamação da crítica musical por seu álbum “Sorte!“, desenvolvido em 2019, em parceria com o norte-americano John Finbury. Com o disco, Thalma foi indicada ao Grammy Awards de Melhor Álbum de Jazz Latino.
Thalma também fez grandes atuações em novelas e cinema. Foi destaque no filme “O Xangô de Baker Street”, longa baseado no best-seller de Jô Soares, e ganhou um prêmio Kikito de Melhor Atriz Coadjuvante no Festival de Cinema de Gramado, pelo filme “As Filhas do Vento”, de Joel Zito Araújo.
Em 2012, Thalma de Freitas passou a morar nos Estados Unidos.
Em conversa com Adriana Couto, a artista reflete sobre suas memórias musicais, suas referências e relembra marcos e aprendizados de sua carreira.
Ouça o episódio na íntegra:
Sobre o ‘+Preta’
+PRETA coloca no dial da Novabrasil músicas cantadas e/ou compostas por artistas negros e negras brasileiras de diferentes gerações. O programa embarca na diversidade da produção contemporânea, mas não perde a chance de apresentar clássicos e raridades.
Sem preconceitos e com muito afeto o +PRETA celebra a beleza e força criativa da música brasileira a partir da experiência de uma pessoa negra.
A cada edição, um/uma artista, personalidade, ou intelectual negra divide com o público suas memórias musicais + pretas em quadros especiais como: o samba da vida, a música da família, o som revolucionário, o hit que inspirou uma mudança.
No comando do microfone, a apresentadora Adriana Couto, uma das profissionais mais conhecidas do jornalismo cultural.
Confira a playlist oficial do programa: