Um óculos quebrado avaliado em R$ 300. Ameaças, agressões verbais e físicas. A gota d’água para os pais do adolescente procurarem a delegacia foi quando o garoto de 15 anos chegou em casa com a perna fraturada.
O estudante relatou à família que a violência aconteceu durante uma partida de vôlei que acontecia dentro da escola. Um dos alunos teria se jogado em cima da perna do menino.
O resultado foi uma fratura na fíbula da perna esquerda
O adolescente estuda em uma escola técnica estadual de Campinas. A vítima relatou que não havia qualquer supervisão no local naquele momento e que só recebeu socorro depois de ligar para mãe, que saiu do trabalho e o levou ao hospital.
Segundo os pais do garoto, o episódio do óculos quebrado não foi levado para frente pela direção da escola. Na época, a situação foi tratada como um acidente.
Eles reforçam que constantemente o filho também recebia ameaças em um grupo de Whatsapp, onde estão adicionados todos os alunos da sala.
A família já registrou um boletim de ocorrência por lesão corporal, injúria e ameaça.
O Centro Paula Souza (CPS) se posicionou por meio de nota e informou que a direção da Etec Bento Quirino ofereceu apoio e atendimento ao aluno que se feriu no dia 28 de junho durante o jogo de vôlei. A Etec apura a denúncia de bullying com os envolvidos para avaliar as medidas interdisciplinares cabíveis.
O CPS esclarece que não compactua com nenhuma forma de discriminação, desrespeito e assédio. Por meio da Comissão Permanente de Orientação e Prevenção contra o Assédio Moral e Sexual (Copams), promove diversas ações, como capacitação de docentes, palestras e divulgação de informações visando a orientação e prevenção de atitudes contrárias aos direitos civis.