SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Gilberto Gil, 81, contou como encontrou o Ministério da Cultura quando assumiu a pasta, em 2003, em conversa com Mano Brown. As declarações do músico foram feitas durante participação no podcast Mano a Mano, que vai ao ar nesta quinta-feira (13), no Spotify.
O cantor revelou que o MinC enfrentava dificuldades quando foi nomeado ao cargo. “Quando eu cheguei no Ministério da Cultura, ele ainda engatinhava, como ainda está até hoje, especialmente por não ter uma dotação orçamentária robusta suficiente para cobrir as políticas culturais que se queira fazer no país.”
O artista precisou lidar com a falta de recursos para colocar em prática algumas políticas culturais. “Trabalhar é difícil, especialmente se você representa a instância estatal, em comparação à instância privada. A dificuldade maior era ter recursos para implementar uma visão política nova.”
Ele considera que o presidente Lula, que à época estava no primeiro mandato, entendeu a relevância da área para o desenvolvimento do Brasil. “O presidente Lula compreendeu a importância de um Ministério da Cultura robusto e fez o que pôde.”
OUTROS ESTILOS
Gil também falou sobre os estilos que tem acompanhado. “Os meninos do funk, rap, os improvisadores e os repentistas novos, assim como você, Brown […] Eu também tenho prestado muita atenção nas meninas novas, que adotaram uma suavidade vocal como elemento expressivo.”
Por fim, o músico também destacou a importância das discussões de raça no Brasil: “Hoje, é positivo […] a capacidade de denúncia tem melhorado no mundo inteiro”.
A nova temporada do Mano a Mano estreou em abril e contou com as participações de nomes como Marcelo Adnet, Regina Casé, Craque Neto, Baco Exu do Blues, Zezé Motta e Elisa Lucinda.
Redação / Folhapress