Anderson Souza, de Recife
Autoridades e órgãos ambientais já estudam novos protocolos para a entrada de turistas em Fernando de Noronha, depois do último ataque de tubarão, que ocorreu na quinta-feira passada.
Relatórios do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit), começaram a registrar os casos no arquipélago, desde 2015. De lá pra cá, já são dez ocorrências, sendo sete homens e três mulheres.
De acordo com Inamara Melo, Secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, esses incidentes com tubarão em Noronha apontam para o aumento no número maior de visitantes da ilha.
O engenheiro de Pesca, Bruno Pantoja, voltou a alertar e a defender a tese de que o maior fluxo de turistas no arquipélago pode de fato estar alterando o habitat dos tubarões.
Algumas medidas como, por exemplo, a colocação de telas de proteção, monitoramento por drone, fechamento de praias para estudos, reforço de placas de sinalização, distribuição de cartilhas e “aulas” sobre a fauna e flora do local para os turistas estão sempre “engatilhadas” no arquipélago, mas de fato, tem surtido pouco efeito.
Diante das ocorrências, é preciso avaliar esses ataques, com viés educativo, e mapear lugares seguros para mergulho e outros tipos de lazer.