As Secretarias da Cultura e Turismo e Infraestrutura irão oferecer mais uma opção de lazer e entretenimento à população de Ribeirão Preto. A partir deste sábado, dia 15 de julho, das 9h às 12h, a miniestação ferroviária Luiz Henrique Paschoalin ficará aberta para visitação da locomotiva Borsig ‘Amália nº 12’.
“A abertura da Estação Ferroviária para visitação e contemplação da Locomotiva Borsig ‘Amália nº 12’ é um passo importante em direção à preservação sólida da nossa memória, unindo poder público e sociedade civil na reverência a esse simbólico patrimônio público de nossa cidade”, afirmou o secretário da Cultura e Turismo, Pedro Leão.
Também está aberto o agendamento de visitas guiadas para grupos. As visitas à “Maria Fumaça” serão realizadas durante a semana, das 9h às 17h, e os grupos devem agendar o horário pelo WhatsApp da Secretaria da Cultura e Turismo, no número (16) 98109-2477.
Localizada dentro do Parque Maurílio Biagi, a miniestação ferroviária Luiz Henrique Paschoalin foi inaugurada em 19 de junho, como parte das comemorações dos 167 anos de Ribeirão Preto. Um espaço cercado, feito para receber a Locomotiva Borsig ‘Amália nº 12’ após ser restaurada pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), em Campinas/SP.
A visitação será feita no espaço interno da miniestação, permitindo que a população fique mais próxima da “Maria Fumaça”, que é um patrimônio histórico, cultural e ferroviário de Ribeirão Preto.
Fabricada em 1912 pela alemã Borsig, são apenas três unidades remanescentes no Brasil, além de Ribeirão Preto, as outras duas estão em Itapetininga e Jaguariúna. São 110 anos de história e trabalho, transportando ao porto de Santos e outros destinos as sacas de café que fizeram a riqueza de Ribeirão Preto nos tempos iniciais de desenvolvimento.
Uma das mais importantes cidades do interior do país, Ribeirão Preto cresceu devido à ferrovia: muito antes da cana-de-açúcar, nossa economia se desenvolveu a partir da segunda metade do século 19, com as grandes lavouras de café, que utilizaram os trilhos principalmente da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, atraída para cá justamente pela grande demanda de transporte do café, no auge do ciclo, no início da década de 1910.
O crescimento populacional e a imigração italiana, que trouxeram ainda mais riquezas e desenvolvimento, aqui chegaram com e por causa da ferrovia. Nessa mesma época, a ‘Amália 12’ foi construída e vendida à Estrada de Ferro Araraquara, depois foi comprada pela Usina Amália e, posteriormente, doada a Ribeirão Preto pelas Indústrias Matarazzo.