RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Bombeiros e policiais civis da Paraíba fazem buscas há 11 dias pela menina Ana Sophia Gomes, 8, que desapareceu no dia 4 de julho no município de Bananeiras (a cerca de 140 km de João Pessoa).
A Delegacia de Homicídios e o Departamento de Desaparecidos da Polícia Civil da Paraíba investigam o caso, junto com a delegacia local. Familiares e vizinhos já prestaram depoimento.
Ana Sophia foi vista pela última vez no distrito de Roma, que pertence ao município de Bananeiras. A câmera de segurança de uma casa filmou a menina na tarde do dia 4, por volta do meio-dia, em uma rua perto da casa da família dela. Ela andava na calçada e usava um vestido estampado azul, com um acessório rosa na cabeça.
Desde então, a família não tem mais notícias, e os bombeiros não encontraram pistas. Um pedaço de tecido azul, inicialmente atribuído como parte do vestido da menina, foi encontrado e passou por perícia, mas não se confirmou como sendo de Ana Sophia.
“Achamos indícios, mas que não se transformaram em provas. Fizemos varredura em todos os poços da região, nos açudes, cisternas, cacimbas. Todos foram verificados, mas não conseguimos confirmar nenhuma pista. Nossos cães farejadores encontraram algumas covas, mas todas tinham restos mortais de animais”, afirma o major Fernando Oliveira, comandante da unidade do Corpo de Bombeiros da região.
Bananeiras, com população 23.134 habitantes, de acordo com o Censo de 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), está localizada na serra da Borborema, a 526 metros de altitude.
Os mateiros, moradores da região que conhecem a vegetação, têm servido de guia para as equipes. A força-tarefa tem mais de 500 pessoas, incluindo voluntários.
Por ser uma região serrana, uma equipe especializada em altura foi deslocada para percorrer as partes mais altas do município.
“Fizemos mais de 1.500 hectares de busca. Bananeiras é um misto entre área rural e urbana. Um município pequeno, com muitos sítios”, diz major Oliveira.
O Corpo de Bombeiros afirmou que a força-tarefa continuará ao longo do fim de semana e que não há previsão de encerramento das buscas.
“Os órgãos operativos da pasta realizam um trabalho integrado, com equipes de dedicação exclusiva, destinadas a apurar o caso. Um efetivo superior a cem homens e mulheres está empregado nas buscas”, afirmou a Polícia Civil da Paraíba, em nota.
YURI EIRAS / Folhapress