SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As ações da Marisa Lojas sobem na manhã desta segunda-feira (17), após a companhia anunciar a conclusão de seu plano de reestruturação, com fechamento de lojas físicas, enxugamento de despesas e a renegociação de dívidas junto a fornecedores, parceiros de revenda e locadores.
Perto das 11h20, as ações da Marisa registravam alta de 7,59% na B3, a R$ 0,85. No ano, o papel acumula queda de quase 33%.
Segundo fato relevante anexado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a Marisa disse que o programa de reestruturação da companhia, chamado de plano de otimização operacional, resultou no fechamento de 88 lojas físicas número inferior ao projetado inicialmente, de encerramento de 92 unidades.
A varejista precisou desembolsar R$ 44,5 milhões para o fechamento das lojas, um custo também inferior (16% menor) ao previsto antes.
Com isso, a Marisa espera uma potencial captura de R$ 40 milhões de Ebitda (lucro operacional, antes do desconto com juros, impostos, depreciação e amortização) neste ano. A partir de 2024, a empresa projeta cerca de R$ 60 milhões ao ano de Ebitda. Em 2022, o lucro operacional não ajustado da companhia foi de R$ 28 milhões.
Com os fechamentos das lojas físicas, a Marisa tem agora 246 unidades, com presença em todos os estados brasileiros. Segundo a empresa, o foco agora é ampliar produtividade e resultado operacional, “com suporte do braço digital e inovações no modelo operacional”.
A Marisa também anunciou a conclusão da primeira parte do processo de redução de despesas gerais, com vendas e do setor administrativo, viabilizando uma geração extra de caixa de R$ 35 milhões por ano.
“Ao longo do segundo semestre serão otimizados os serviços de terceiros e outras despesas, o que deverá gerar uma economia adicional de pelo menos R$ 10 milhões por ano”, afirmou a Marisa no fato relevante.
Por fim, a companhia informou que renegociou 90% de suas dívidas com fornecedores, e 97% do total dos débitos com parceiros de revenda. Além disso, a empresa conseguiu acordos com proprietários de imóveis para 80% das dívidas da empresa com aluguéis.
STÉFANIE RIGAMONTI / Folhapress