SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Mônica Martelli, 55, alfinetou o tipo de humor produzido pela Globo na época do Zorra Total ao justificar os motivos de não ter conseguido fazer sucesso no humorístico da emissora, quando esteve no elenco.
A atriz destacou que seu tipo de humor é “diferenciado”, enquanto a comédia produzida por programas brasileiros, a exemplo do extinto Zorra, era mais escrachada.
Martelli abordou o assunto no podcast Vi na Vivi ao falar sobre a dificuldade ser mulher comediante no país e, sobretudo, de conseguir espaço para programas solos.
“É tão difícil ser comediante mulher no Brasil. Quando comecei no humor a piada era feita em cima de mulher gorda, preta ou feia, era isso. Por que eu fiquei ali perdida no ‘Zorra Total’, no ‘Chico Total’? Porque eles não conseguiam me encaixar, [falavam] ‘essa mulher é engraçada?’… Eu tenho um tipo de humor diferenciado”, destacou.
Mônica afirmou que, sem espaço na TV, foi buscar o sucesso profissional por conta própria. “Não sei se sou humorista, tenho tempo de humor, mas não conseguiram me encaixar [nos programas da Globo]. Por isso fui buscar meu caminho, minhas coisas solo. Mas a mulher comediante tem que atravessar muitas barreiras, muitos preconceitos, porque não é esperado da mulher ser engraçada.”
A humorista também destacou que sua trajetória profissional é similar a do Paulo Gustavo, de quem ela era amiga pessoal. A artista frisou que os dois precisaram se destacar sem o auxílio de uma grande vitrine, como a TV aberta, mais precisamente a Globo.
“Eu e Paulo Gustavo conversávamos muito sobre isso, porque temos carreiras muito parecidas. Era teatro e TV a cabo na época. Nós somos donos dos nossos projetos. É muito bom ter essa liberdade, porque sou dona da minha vida”, completou.
Redação / Folhapress