GP da Hungria acontece neste fim de semana com novas regras e mudanças em equipes

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Daniel Ricciardo estará de volta ao grid já neste final de semana de GP da Hungria, depois de ter impressionado em um teste com a Red Bull. A certeza de que o australiano pode fazer um trabalho melhor que Nyck De Vries é tanta que Helmut Marko e Christian Horner decidiram substituir o holandês antes mesmo da pausa de agosto, como seria de praxe nesse tipo de situação.

Ricciardo tem o desafio de voltar correndo com o pior carro do grid no momento, e como companheiro de Yuki Tsunoda, que tem feito um ótimo campeonato.

Outra novidade neste fim de semana é o teste de um novo formato de classificação. Os pilotos serão obrigados a usar apenas compostos duros no Q1, médios no Q2 e macios apenas no Q3. Com isso, a Pirelli leva menos jogos de pneus (11 e não 13) para cada piloto.

Também em Budapeste, a Red Bull deve estrear um pacote de mudanças. Eles têm mantido vantagem mesmo sem levar muitas melhorias para seu carro. Mas há a expectativa de que façam mudanças nas laterais do carro, inspirados pela Aston Martin.

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COMO ACOMPANHAR O GP DA HUNGRIA:

Sexta-feira, 21 de julho

Treino livre 1, das 8h30 às 9h30: BandSports

Treino livre 2, das 12h às 13h: BandSports

Sábado, 22 de julho

Treino livre 3, das 7h30 às 8h30: BandSports

Classificação, das 11h às 12h: TV Bandeirantes/BandSports

Domingo, 23 de julho

Corrida, a partir das 10h: TV Bandeirantes e BandNewsFM (transmissão começa às 9h)

CIRCUITO HUNGARORING

Distância: 4.381 km

Número de voltas: 70

DRS – 2 zonas de ativação: Detecção antes da curva 14 e ativação na reta dos boxes e após a curva 2

Pneus disponíveis: C3 (duros), C4 (médios) e C5 (macios)

Recorde em corrida: 1min16s627 (Lewis Hamilton, Mercedes, 2020)

Resultado de 2022

Pole position: George Russell (ING/Mercedes) – 1min17s377

Pódio:

1º Max Verstappen (HOL/Red Bull) – 1h39min35

2º Lewis Hamilton (ING/Mercedes) +7s834

3º George Russell (ING/Mercedes +12s337

CARACTERÍSTICAS DA PISTA DA HUNGRIA

A reta principal tem 800m, fazendo com que a melhor chance de ultrapassagem seja na primeira curva, ou mesmo na segunda, se o piloto consegue obter boa tração por fora na curva 1. A partir daí, o circuito tem uma série de curvas de baixa e média velocidades, o que faz com que seja necessário que os carros usem uma configuração aerodinâmica bem diferente da de Silverstone. Com isso, é esperado que equipes que foram bem recentemente, como a McLaren e a Williams, não tenham uma performance tão forte. Também é a chance de times como a Aston Martin voltar à disputa pelo pódio.

A zona de ativação da asa traseira na Hungria tem uma particularidade: são duas zonas de ativação, mas apenas uma detecção. Isso quer dizer que o piloto que estiver a menos de um segundo do rival que vai à frente na freada para a última curva tem duas chances de aproveitar a velocidade maior gerada pelo DRS: na reta principal e em um outro pequeno trecho de reta entre as curvas 1 e 2.

Os freios são muito requisitados na Hungria, com seis curvas com freadas fortes e também devido ao calor. Trata-se de uma das corridas mais quentes de todo o campeonato, e a previsão do tempo indica que, neste ano, não será diferente. Não é raro termos temperatura do asfalto chegando a 50ºC, lembrando que a Pirelli optou por levar seus compostos mais macios a Budapeste.

CURIOSIDADES SOBRE O GP DA HUNGRIA

O GP da Hungria foi palco das primeiras vitórias de vários pilotos ao longo dos anos: Damon Hill ganhou sua primeira corrida justamente por lá em 1993, com a Williams, Fernando Alonso fez o mesmo em 2003, pela Renault (o que também foi a primeira vitória de um espanhol na F1), Jenson Button venceu a primeira na carreira em 2006 (primeiro ano em que choveu na corrida no Hungaroring), pela Honda, e Heikki Kovalainen, da McLaren, se tornou o 100º vencedor de GP da história em 2008 (em corrida dominada por Felipe Massa, que teve uma quebra de motor a três voltas do fim).

Mais recentemente, Max Verstappen conquistou a primeira pole da carreira também no Hungaroring, em 2019. George Russell também conquistou a única pole da carreira até agora na Hungria. E Esteban Ocon venceu com a Alpine em 2021.

Nelson Piquet e Ayrton Senna ganharam cinco das sete primeiras edições do GP da Hungria e protagonizaram uma das cenas mais icônicas da etapa, quando Piquet passou Senna por fora na primeira curva justamente no ano de estreia da prova, em 1986. Piquet venceu aquela corrida. Rubens Barrichello também ganhou no Hungaroring, em 2002. E foi nesta pista que Felipe Massa sofreu seu grave acidente na classificação de 2009.

O GP da Hungria no Hungaroring é o segundo mais longevo do calendário, sendo realizado na mesma pista de forma consecutiva desde 1986. Com isso, o GP húngaro fica atrás apenas de Monza, que não fica fora de nenhuma temporada desde 1981.

JULIANNE CERASOLI / Folhapress

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