O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou que vai seguir na contramão da decisão do governo federal, em acabar com o plano de ampliação das escolas cívico-militares. Na Baixada Santista, a tendência é que o número amplia.
Quem afirma isto é o deputado estadual Tenente Coimbra (PL), que esteve na sede da TV Thathi Band Litoral nesta quinta-feira (20), para participar dos programas, falando sobre o andamento da política estadual e também sobre as escolas cívico-militares. À THMais, o parlamentar abordou sobre o tema e justificou a decisão errada do governo federal.
“É uma decisão não acertada pelo governo federal, que vai descontinuar o programa para cerca de 100 mil a 200 mil crianças que estão nas escolas cívico-militares do governo federal. Não é uma surpresa, mas há um desidrate, com a diretoria destituída, militares que foram demitidos. Só que este fim garantiu maior visibilidade ao tema e o governador afirmou que vai criar um programa próprio para 2024, conta”.
“Me reuni com o governador Tarcísio de Freitas para tratar do tema e ele vai criar um programa próprio, com mudanças comparecendo com a ideia que havia no governo federal. Um exemplo é que vamos trabalhar com os militares do Estado de São Paulo, seguindo com as características e vamos começar logo em 2024. Vamos seguir com as unidades existentes, mas a tendência é ampliar.”
Ainda segundo o deputado, ele aponta as vantagens que o modelo das escolas cívico-militares possuem, comparado ao modelo convencionado, seja público ou privado. A ideia, além de dar educação de qualidade, também garantir a disciplina e o respeito.
“O professor tem mais segurança e oportunidade dele oferecer todo o conteúdo e lecionar com qualidade. Pesquisas mostram que a incidência de violência escolar diminuiu 90% nas escolas cívico-militares. Traz mais tranquilidade e otimização do ensino. Somente com os pedidos de atenção do professor com o aluno, na forma convencional, o tempo perdido é de 30%. Ou seja é muito e comparado com as faltas, é 50% do conteúdo perdido”, detalha.
“Existe um aumento de 20% do desempenho melhor nas notas do IDEB. É um ganho para a sociedade e é há uma demanda que a população quer para implantar mais escolas cívico-militares. Não estou falando em acabar com o ensino convencional, mas sim em aumentar o número das unidades cívico-militares”.
Ainda segundo Tenente Coimbra, o ensino cívico-militar é um sistema que reforça o modelo de organização sobre a divulgação do conteúdo de ensino.
“O ensino militar não muda o conteúdo programático, tanto que o professor é o mesmo. Trata-se de um modelo organizacional, ou seja, a cultura escolar de mais disciplina e atenção. Hoje há uma confusão de liberdade com libertinagem e isto não pode ocorrer. Infelizmente a forma atual é uma forma que o aluno não presta atenção, vai do jeito que quer e não se preocupa com o conteúdo”.
“No modelo cívico-militar, colocando disciplina, baseada como era no passado, o aluno vai estar focado, vai se dedicar ao estudo e estará muito mais preparado. A efetividade do ensino vai ser maior”.