SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar registrava queda no início da tarde desta sexta-feira (21) em sessão sem grandes indicadores domésticos ou internacionais, ainda em meio a expectativas pela decisão sobre juros do Fed (Federal Reserve, o banco central americano).
Já a Bolsa brasileira tinha alta e operava acima dos 120 mil pontos, apoiada por subidas Petrobras e Vale em sessão marcada por vencimento de opções sobre ações.
Às 12h, o Ibovespa tinha alta de 1,76%, aos 120.156 pontos, enquanto o dólar caía 0,60%, cotado a R$ 4,774.
De acordo com Guilherme Esquelbek, da Correparti Corretora, o pregão “promete ser de baixo giro e fraca liquidez”.
No Brasil, “sem a divulgação de indicadores mais relevantes, a atenção fica voltada para o Relatório Mensal da Dívida e para o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas”, ambos a serem divulgados nesta sexta-feira, disse a XP Investimentos em nota.
“Desse modo, sem grandes novidades, os mercados devem operar à espera da divulgação do IPCA-15 na próxima terça-feira, para o qual a XP projeta queda de 0,05% (na comparação mensal)”, avaliou a instituição.
Um cenário de arrefecimento da inflação no Brasil tem alimentado apostas na queda da Selic já a partir de agosto.
Embora o nível atual dos juros, de 13,75%, seja apontado como um apoio para o real ao atrair investimentos para o mercado de títulos local, alguns especialistas argumentam que eventuais perdas de ingressos na renda fixa após a queda da Selic podem ser compensadas por entradas de dinheiro no país via renda variável, o que continuaria apoiando a divisa brasileira.
Já outros dizem que, mesmo que o BC comece a afrouxar a política monetária, fará isso de forma gradual, de forma que os juros reais continuarão em patamar favorável ao real por algum tempo.
Na Bolsa, todas as ações mais negociadas do pregão registravam alta, com destaque para Petrobras (2,09%), Vale (0,16%) e Itaú (1,26%).
Nesta sexta, um movimento técnico relacionado ao vencimento de opções sobre ações na Bolsa também auxilia o índice.
As opções são contratos que dão ao titular o direito de vender ou comprar um ativo numa data específica no futuro por um valor pré-determinado. O vencimento de opções, ou seja, a data limite para exercer esse direito, sempre ocorre na terceira sexta-feira do mês, o que impacta o preço dos ativos no pregão do dia.
Redação / Folhapress