PORTO ALEGRE, RS (UOL/FOLHAPRESS) – Eduardo Coudet viverá uma realidade diferente da que teve em sua primeira passagem pelo Inter ou mesmo quando comandou o Atlético-MG. Assumindo o time durante a temporada, o argentino terá pouco tempo para exigir reforços, uma marca de sua primeira passagem no Beira-Rio.
Se tornou comum entre os colorados quando o assunto era Eduardo Coudet lembrar que o técnico repetia um discurso de cobrança por reforços sempre que podia. A expressão usada por ele era “grupo curto” para reclamar da falta de opções.
Foi este pleito público que ocasionou desavenças com a direção da época. As manifestações em entrevistas coletivas desagradaram dirigentes e o ambiente se tornou insustentável até a saída dele para o Celta, da Espanha.
Coudet tinha argumentos em suas críticas, pois quando o clube negociou com ele prometeu investimentos maiores. No entanto, não conseguiu suprir algumas carências do elenco e acabou ainda mais prejudicado pelos impactos da pandemia de Covid-19.
Agora, porém, o argentino tem perto de dez dias para definir e alinhar alvos com o comando do clube. Não há tempo ou espaço no orçamento limitado para investimentos maiores.
Coudet manteve contato com a direção antes mesmo de assinar contrato e avaliou o grupo detalhadamente.
O clube pretende anunciar até dois novos jogadores de olho no restante do ano. Um zagueiro e um meia estão em pauta.
O zagueiro na mira, agora, precisa ter boa saída de bola e velocidade, atendendo conceitos de Eduardo Coudet. O meia precisa ter capacidade de atuar pelos lados além de abastecer o ataque.
MARINHO SALDANHA / Folhapress