SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A primeira rodada da fase de grupos da Copa do Mundo Feminina chegou ao fim com uma resposta em campo das goleiras, após serem alvo de muitas críticas nos últimos anos.
Nas 16 partidas disputadas na primeira rodada da competição, em metade delas o protagonismo veio das goleiras, ainda que algumas delas tenham perdido o confronto.
A nigeriana Chiamaka Nnadozie foi o maior exemplo entre as goleiras que fizeram história na competição e salvaram a estreia de suas respectivas seleções nesta rodada inicial. A jovem de 22 anos defendeu um pênalti da estrela canadense Christine Sinclair, além de se destacar com várias intervenções importantes durante a partida.
Rebecca Spencer também garantiu um ponto heroico para a Jamaica diante da França, após segurar tudo lá atrás no empate sem gols. Ela diz que ouviu muitas críticas das pessoas antes do duelo e que conseguiu dar a volta por cima.
Francesca Durante (Itália) e Victoria Esson (Nova Zelândia) tiveram importância semelhante nos jogos contra Argentina e Noruega, respectivamente. Ambas salvaram o time com defesas no final e garantiram a vitória pelo placar mínimo.
Elas não puderam evitar a derrota, mas impediram goleadas: são os casos de Daniela Solera, da Costa Rica, e Kim Thanh, do Vietnã. Ambas perderam seus jogos por 3 a 0, mas impediram uma tragédia maior com defesas de pênalti. A vietnamita parou a estrela Alex Morgan, dos EUA, enquanto a costarriquenha defendeu a cobrança da espanhola Jennifer Hermoso.
Quem também merece menção é a goleira do Haiti, Kerly Theus. Apesar da derrota pelo placar mínimo diante da Inglaterra, ela foi importante para que o resultado não fosse ampliado ainda mais.
Ainda neste jogo, vale destaque para Mary Earps. A camisa 1 impediu um tropeço das inglesas logo na estreia, com defesas bastante seguras.
PÊNALTIS
Houve um total de nove pênaltis cobrados na primeira rodada da Copa e cinco deles foram convertidos.
Entre os quatro penais perdidos, três deles foram defendidos pelas goleiras adversárias. Isso mostra que as donas das luvas vêm desempenhando um papel importante até aqui.
Nos últimos anos, alguns torcedores defenderam a ideia de que o tamanho do gol deveria ser reduzido no futebol feminino.
O debate implica que algumas mudanças sejam realizadas para que o jogo tenha “mais qualidade”, mas as próprias jogadoras contestam e afirmam que isso é “uma grande besteira”.
Redação / Folhapress