SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Beatriz Dizotti nadou dentro das expectativas e terminou no sétimo lugar a final dos 1.500m livre no Mundial de Natação de Fukuoka (Japão), nesta terça-feira (25). A brasileira se aproximou, mas não superou, o recorde nacional que ela havia estabelecido nas eliminatórias.
Depois de fazer 16min01s95 nesta segunda-feira (24) para pegar a oitava e última vaga na final, Bia completou a prova hoje em 16min03s70, que de qualquer forma é a segunda melhor marca da história da natação brasileira.
Ela já havia disputado a final dos 1.500m no ano passado, quando terminou em sexto, mas desta vez a prova foi muito mais forte. Bia precisaria ter melhorado o recorde brasileiro em mais de sete segundos só para ganhar uma posição e terminar em sexto.
A prova foi vencida, como de costume, pela norte-americana Katie Ledecky, cada vez mais isolada como nadadora com mais títulos mundiais. Ela foi seguida da italiana Simona Quadarella e da chinesa Bingjie Li. Agora competindo pela França, a russa Anastasia Kirpichnikova ficou em quarto.
Nesta terça, o Brasil também teve bons resultados com Guilherme Costa e João Luiz Gomes Jr, que se classificaram a finais. Quarto colocado nos 400m livre, Cachorrão (como Guilherme é conhecido) fez o oitavo tempo das eliminatórias dos 800m livre pela manhã em Fukuoka.
Com 7min45s80, Cachorrão estabeleceu, assim como Bia, a segunda melhor marca da história do país. Ficou só atrás, por 0s32, do recorde sul-americano batido por ele na final do Mundial do ano passado, quando foi quinto. Para chegar à medalha, porém, o brasileiro deverá ter que melhorar pelo menos cinco segundos.
Já João Luiz Gomes Jr avançou à final dos 50m peito, prova que não é olímpica, com o quinto tempo: 26s90. A final será amanhã e, se o brasileiro repetir o que fez no Troféu Brasil (26s73), deve brigar por medalhas. Nas semifinais, o segundo colocado fez 26s74.
Com exceção desses três atletas, porém, os brasileiros têm nadado mal as provas individuais em Fukuoka, piorando em muito as marcas do Troféu Brasil, um torneio do qual reclamaram publicadamente da estrutura. Agora, em condições ideais, estão indo ainda pior.
Hoje, nas eliminatórias dos 200m livre, Maria Fernanda Costa terminou em 20º, com 1min58s67 (0s91 pior que o Troféu Brasil), e Stephanie Balduccini, semifinalista em 2022, ficou em uma modesta 26ª colocação, com 1min59s55 (1s7 pior do que nas eliminatórias do Troféu Brasil).
Nos 200m borboleta, Leonardo de Deus, que é finalista olímpico, terminou em 17º, fora da semifinal, com 1min56s79, piorando em 1s33 a marca da seletiva. Após a prova, ao SporTV, disse que o foco dele não é o Mundial, mas os Jogos Pan-Americanos.
FINAIS DO DIA
Candidato a quebrar o recorde mundial dos 200m livre, que desde 2009 é de Paul Biedermann, o astro romeno David Popovici decepcionou em Fukuoka. Ele forçou demais nos primeiros 150 metros, em busca da marca, e cansou. Terminou fora do pódio.
O novo campeão mundial é Matthew Richards, da Grã-Bretanha, que foi seguido pelo compatriota Tom Dean e pelo sul-coreano Sunwoo Hwang. O brasileiro Fernando Scheffer, bronze em Tóquio, havia sido eliminado com o 16º e último tempo das semifinais.
Nos 100m costas feminino, recorde do campeonato para a australiana Kaylee McKeown, seguida de duas norte-americanas: Regan Smith e Katharine Berfkoff. Já na prova masculina o ouro foi para os EUA, com Ryan Murphy. Recordista mundial e campeão no ano passado, o italiano Thomas Ceccon bateu 0s05 atrás e ficou a prata. Hunter Armstrong, outro norte-americano, levou o bronze.
DEMÉTRIO VECCHIOLI / Folhapress