Joyce Ribeiro é referência no telejornalismo. Foi a primeira mulher negra a mediar um debate presidencial na TV brasileira. Âncora do Jornal da Tarde, na TV Cultura, Joyce Ribeiro nasceu em um lar musical e compartilha suas experiências e memórias musicais em conversa com Adriana Couto.
Nascida em São Paulo, Joyce é pós graduada em Jornalismo Econômico e Político na PUC. Iniciou na televisão em 1998, atuando como produtora, repórter e apresentadora.
Em 2002, para a integrar a Rede Record, no programa Fala Brasil. Logo depois, apresentou um telejornal e um programa de variedade na Record Internacional. Em 2005, Joyce passa a atuar nos telejornais das manhãs do SBT. Após 12 anos de casa na emissora, Joyce passou a se dedicar a projetos pessoais de produção audiovisual até integrar a TV Cultura.
Além de jornalista e apresentadora, Joyce Ribeiro também é escritora. Seu primeiro livro, “Chica da Silva-Romance de uma vida”, narra, sob um olhar livre de estereótipos, a vida de uma das mulheres mais importantes da sociedade colonial de Minas Gerais no século XVIII. A obra é tema da conversa, no +Preta.
“A gente (pessoa preta) sofre da solidão na redação: sempre o único, sem ter pra onde olhar, em quem se inspirar e como juntar forças.” diz Joyce Ribeiro sobre falta de representatividade no jornalismo
Durante a conversa, Adriana Couto e Joyce Ribeiro refletem sobre a falta de representatividade no jornalismo brasileiro, as mulheres pretas pioneiras no meio, e avaliam o que mudou no cenário desde que iniciaram.
“O jornalismo traz muito do lidar com toda a problemática do mundo. Então é muito sofrido e estar sozinha não é fácil.
Eu vejo essa geração atual com tantas meninas, jovens, mulheres, profissionais, talentosíssimas, tão conscientes, tão cientes do papel delas em frente às câmeras, tão preparadas pra isso.”
Por meio de sua seleção de músicas, Joyce fala sobre sua infância, rodeada de música. Seu pai era produtor artístico e chegou a ter sua própria gravadora. Descobrir pessoas, talentos e novos sons fazia parte da rotina de sua família. Roberto Ribeiro era amigo de seu pai e foi o primeiro a ser citado por Joyce nas faixas em que escolheu.
A jornalista também contou uma curiosidade sobre a música “Azul”, de Djavan, a primeira canção que aprendeu a cantar quando pequena, e reflete sobre como suas filhas, Maria Luiza e Lorena, mesmo jovens, já se sentem mais fortalecidas em relação a discriminação racial.
Ouça o episódio na íntegra:
Sobre o ‘+Preta’
+PRETA coloca no dial da Novabrasil músicas cantadas e/ou compostas por artistas negros e negras brasileiras de diferentes gerações. O programa embarca na diversidade da produção contemporânea, mas não perde a chance de apresentar clássicos e raridades.
Sem preconceitos e com muito afeto o +PRETA celebra a beleza e força criativa da música brasileira a partir da experiência de uma pessoa negra.
A cada edição, um/uma artista, personalidade, ou intelectual negra divide com o público suas memórias musicais + pretas em quadros especiais como: o samba da vida, a música da família, o som revolucionário, o hit que inspirou uma mudança.
No comando do microfone, a apresentadora Adriana Couto, uma das profissionais mais conhecidas do jornalismo cultural.
Confira a playlist oficial do programa: