SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Militar realizou uma megaoperação com bloqueio da marginal Pinheiros, em São Paulo, contra grupos que promovem “rolezinhos” de motocicletas por ruas e avenidas da cidade.
A operação foi planejada depois que policiais se infiltraram em grupos na internet, onde esses encontros são agendados, e conseguiram anotar as placas das motocicletas que participam dos eventos.
Em imagens gravadas pelos próprios participantes é possível vê-los em manobras arriscadas, empinando os veículos em alta velocidade. Quando percebem a blitz da PM, alguns voltam na marginal pela contramão, entre carros e caminhões, arriscando a própria vida e a dos demais motoristas.
Oitenta PMs e 40 viaturas participaram da operação. Durante o bloqueio, a PM apreendeu 60 motos, sendo que duas tinham registro de roubo. Foram multados 58 motociclistas, que ainda tiveram a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) suspensa por 12 meses. Os dois homens que estavam com as motos roubadas, abandonaram os veículos e fugiram. Ninguém foi preso.
Tarcísio Bueno, comandante do 3º Batalhão de Trânsito, em entrevista à TV Globo, afirmou que o evento não é autorizado e leva risco ao trânsito.
“Esse ‘rolezinho’ é um evento não autorizado, onde diversas motocicletas, alguns grupos de motociclistas, se reúnem para fazer esse evento que não é autorizado e acaba colocando em risco os usuários das vias e eles mesmos.”
‘ROLÊ’ DE MOTO EM CAMPINAS DEIXOU TRÊS MORTOS
Um “rolê” de moto, como são chamados encontros de motociclistas que se reúnem para passear em comboio, juntou mais de 200 participantes e terminou com três pessoas mortas e 27 feridas, na madrugada de sábado (22), em Campinas, no interior de São Paulo.
Vários grupos de motociclistas se reuniram por volta das 0h30. Eles rodaram por diversas avenidas da cidade e, depois, partiram para a rodovia Santos Dumont (SP-075), “não sem antes acelerar, empinar e cometer infrações de trânsito andando na contramão e não respeitar sinal vermelho”, afirmou a prefeitura, que reuniu as informações da Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas), responsável pelo setor de trânsito, e da Guarda Municipal.
Ainda segundo as informações compiladas pela prefeitura, centenas de motociclistas entraram na rodovia Santos Dumont em alta velocidade, sentido Indaiatuba, quando houve um engavetamento entre as motos, seguida de atropelamentos, por volta das 2h.
O acidente terminou com a morte de Leonardo Souza Gomes, 26, e de Bruna Maldonado Martins, 33, além de Diogo Henrique Pereira, 19.
A Polícia Civil de São Paulo afirmou que conseguiu identificar os organizadores do “rolê” de motociclistas, em Campinas. Não foi divulgado quantas pessoas são consideradas organizadoras.
Ninguém foi preso, e a Polícia Civil investiga o caso.
FRANCISCO LIMA NETO / Folhapress