Campinas registra 2 novas mortes por febre maculosa

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Secretaria Municipal de Saúde de Campinas confirmou nesta quarta (2) duas novas mortes por febre maculosa. Com os novos óbitos, a cidade chega a cinco óbitos neste ano pela doença. Outra pessoa também foi infectada recentemente, mas se recuperou da doença.

Os dois óbitos mais recentes foram de um homem de 18 anos que morreu em 28 de julho. A segunda vítima foi um homem que faleceu em 9 de julho.

No caso da primeira vítima, suspeita-se que a infecção ocorreu na Fazenda do Exército – 28º Batalhão de Infantaria Mecanizada (Bimec). O local de infecção do segundo homem, no entanto, ainda é investigado.

Um terceiro caso recente da infecção foi de uma mulher de 49 anos, que conseguiu ser curada. A infecção, segundo a secretaria de Campinas, deve ter ocorrido em outro município. Outra pessoa também havia sido curada da doença.

Além das duas fatalidades mais recentes, a cidade do interior paulista já registrou outros três óbitos neste ano. Sendo assim, foram sete casos em 2023, com cinco desses evoluindo a óbito.

Em junho, registros da doença foram observados na cidade e em regiões próximas em meio a eventos ocorridos em áreas rurais. É mais provável que a doença seja transmitida nessas localidades.

A febre maculosa é causada pela bactéria Rickettsia, que conta com diferentes espécies ao redor do mundo. No Brasil, existem duas que provocam a doença: a Rickettsia rickettsii, associada a quadros mais graves, e a Rickettsia parkeri, que normalmente não causa complicações muito sérias.

Os casos registrados no interior de São Paulo foram do primeiro tipo. A bactéria é transmitida principalmente por carrapatos encontrados em áreas rurais ou em beiras de rios. Em São Paulo, o mais comum é o carrapato-estrela.

Nos casos mais graves da febre maculosa, a bactéria destrói células dos vasos sanguíneos, o que pode causar quadros de insuficiência renal, convulsões, coma e falência múltipla de órgãos.

Um tratamento com antibiótico é recomendado. Caso seja receitado por um médico no início, as chances de cura são altas. Caso não, é comum que a doença chegue a um nível irreversível e leve a morte.

Redação / Folhapress

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