SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O narrador Lucas Pereira foi demitido da Rede Record nesta quarta-feira (2). Ao longo de seus 11 anos na emissora, ele cobriu dois Jogos Olímpicos e foi locutor do Campeonato Carioca entre 2021 e 2022, e do Campeonato Paulista, em 2023.
A informação foi confirmada pelo próprio jornalista à reportagem. “Hoje foi o meu último dia na Record. Só tenho palavras para agradecer por esses mais de 11 anos na emissora. Conheci pessoas incríveis, profissionais maravilhosos e pude ter ensinamentos que eu vou levar comigo pra sempre. Tive a oportunidade de transmitir duas Olimpíadas, uma delas com exclusividade na TV aberta”, afirmou ele.
Formado em Jornalismo pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Pereira começou no jornalismo em narrações no rádio até ingressar no SporTV em 1996. Após participar da cobertura de quatro Copas do Mundo e integrado também os times dos canais PFC e Combate, o jornalista mudou para a Record em 2012, quando estreou nas narrações a partir das Olimpíadas de 2012.
Além de Pereira, outros cortes ocorreram na Record em todo o Brasil. Em Porto Alegre, por exemplo, a repórter Natália Satler, que fazia reportagens para o Jornal da Record e telejornais locais, foi dispensada após um ano.
De nomes que eram do esporte, foram dispensados os repórteres Janice de Castro e Roberto Thomé. Georgios Theodorakopoulos, o Grego, que estava na Record desde 1992 e atualmente era o chefe do setor. Marcio de Castro, coordenador da cobertura do Campeonato Paulista em 2023, também foi desligado.
Em julho, a emissora começou uma série de demissões pelo Brasil para tentar equacionar suas contas após um prejuízo de R$ 500 milhões em sua operação de 2022, segundo balanço divulgado pela própria Record em maio.
O canal enviou um comunicado que explicou o motivo dos cortes: “O Grupo Record continuará trabalhando sem descanso para conquistar novos investimentos em seus negócios. Também estará torcendo e contribuindo para o crescimento e retomada do poder econômico do país e do povo brasileiro. Desligamentos foram necessários, mas com respeito ao ser humano acima de tudo, às leis e às regras trabalhistas”.
GABRIEL VAQUER E JÚLIO BOLL / Folhapress