Operação Escudo: Número de presos na Baixada Santista aumenta para 147

Créditos: Divulgação/Folha Press

Neste sábado (5), a Secretaria de Segurança Pública voltou a atualizar os números da Operação Escudo na Baixada Santista. Ao todo, 147 pessoas foram presas e deste total, 121 infratores foram presos pela PM e 26 por policiais civis.

De acordo com a pasta, a operação teve início há oito dias, após o policial da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar, (ROTA) Rota Patrick Bastos Reis ter sido morto por criminosos enquanto fazia patrulhamento em uma comunidade em Guarujá. A ação também deixou 16 mortos, sendo 12 em Guarujá e 4 em Santos.

Também neste período, a polícia vistoriou 3.137 automóveis, dos quais 202 foram removidos e 1.710 motocicletas, das quais 163 foram recolhidas.

Dez veículos com queixa de furto ou roubo foram localizados. Ainda 22 armas, entre pistolas e fuzis e cerca de 434 kg de drogas foram recolhidas.

Mortes e Defensoria Pública

A SSP-SP informou que das 16 mortes confirmadas, dez tinham antecedentes criminais por crimes como roubo, receptação, tráfico de drogas, entre outros. Só que sobre as outras seis mortes ainda não tiveram informações confirmada, embora houve a garantia que as ocorrências foram em confrontos.

Por determinação da SSP-SP os casos são investigados pela Deic de Santos e pela PM. As imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos em curso e estão disponíveis para consulta irrestrita pelo Ministério Público, Poder Judiciário e a Corregedoria da PM, de acordo com a pasta.

A Defensoria Pública de São Paulo oficiou na última quarta-feira (2) a SSP-SP pedindo para que a operação policial no Guarujá seja interrompida imediatamente. O órgão também solicitou que os policiais militares envolvidos em mortes sejam afastados temporariamente das ruas.

Segundo a defensoria, caso haja alguma excepcionalidade que justifique a continuidade da ação, o governo estadual deve apresentá-la por escrito ao Ministério Público (MP), com a identificação dos responsáveis pelo comando da operação.

Além disso, pede que sejam utilizadas câmeras corporais no uniforme de todos os agentes da Polícia Militar (PM) que fazem parte da ação.

Em nota, a SSP-SP informou que tem ampliado a interlocução e compartilhamento de dados com diversas instituições, incluindo o Ministério Público e a Defensoria Pública, com o objetivo de aperfeiçoar as ações na área da segurança pública.

Neste contexto, representantes da Defensoria Pública e do Ministério Público se reuniram para discutir dados relativos ao primeiro semestre e questões relacionadas aos ataques contra policiais na região da Baixada Santista.

A SSP-SP destacou o respeito pelo papel constitucional de cada instituição democrática e lamentou acusações infundadas. A pasta reiterou que o enfrentamento do crime na região tem sido uma prioridade do Governo do Estado e enfatiza o compromisso contínuo e reforçado dos policiais na proteção dos moradores.

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