Bola da Copa 2023 tem sensor de movimento que mede força e direção do chute

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Pela primeira vez a bola oficial da Copa do Mundo feminina conta com uma tecnologia de sensor de movimento. Entre outras coisas, a Connected Ball permite rastrear dados estatísticos do jogo.

“Já houve alguns gols incríveis nesta Copa, marcados pelas melhores jogadoras do mundo. Estamos orgulhosos de termos introduzido isso pela primeira vez, conectando os fãs com estatísticas geradas pela tecnologia na bola”, explica à reportagem Solene Stormann, diretora global de futebol da adidas.

Com isso, é possível aferir dados como a distância percorrida pela bola no chute, velocidade e curvatura na trajetória, distância driblada, número de toques, entre outros. Um detalhe importante é que essa tecnologia é integrada à bola e não interfere no jogo.

“Através de um Sistema de Suspensão colocado no centro da bola, um sensor de movimento (o nome técnico é unidade de medição inercial de 500 Hz ou IMU) estabiliza e fornece uma visão sem precedentes de cada movimento da bola. O sensor é alimentado por uma bateria recarregável, que pode ser carregada por indução, e a tecnologia é imperceptível para os jogadores”, diz Solene.

A bola da Copa 2023 é semelhante a que foi usada no Qatar-2022, durante o Mundial masculino. Então assim como a Al Rihla, a Oceaunz possui também o CTR-Core (núcleo dentro da bola que é projetado para melhorar a consistência) e Speedshell (camada de poliuretano da bola, que apresenta micro e macro texturas e um novo formato de painel de 20 peças).

“A Oceaunz apresenta dois componentes principais. Primeiro, o CTR-Core, que permite jogadas rápidas e precisas com máxima forma e retenção de ar, e o segundo é a Speedshell, que aprimora a aerodinâmica para ajudar a melhorar a estabilidade de voo da bola”, diz.

Solene reforça que o design visual é exclusivo da Copa do Mundo feminina 2023, pois reflete as paisagens e os traços culturais dos dois países-sede.

“Queríamos criar uma bola que refletisse verdadeiramente os países que co-organizam a Copa deste ano. Para isso, consideramos as características que definem a paisagem e a topografia desses países incrivelmente bonitos e passamos muito tempo trabalhando nisso no design atraente que você vê hoje”, conta.

O desenho da bola traz os tons de azul do oceano, como se representasse uma onda infinita. Os padrões australianos foram criados pelo renomado artista local Chern’ee Sutton, enquanto as marcações que representam a Nova Zelândia foram desenhadas pela artista Kiwi, Fiona Collis.

O nome da bola também mostra a união dos dois países e ao mar. Começa como Oceano, mas aí entram as siglas de Austrália (AU) e Nova Zelândia (NZ). Na junção de tudo isso ficou Oceaunz. “Também decoramos a bola com padrões que representam diferentes elementos do esporte, como bolas de futebol e gols, garantindo que o jogo seja representado na face da bola”, diz a diretora da adidas.

A bola ainda atende a todos os critérios da Fifa para peso, circunferência, perda de pressão etc, que são os mesmos da Copa masculina. “A Oceaunz foi projetada para viajar mais rápido em voo do que qualquer bola oficial da Copa do Mundo feminina da Fifa feita anteriormente pela adidas”, conclui, lembrando que a bola oficial que está à venda para os consumidores é a mesma que está em campo, exceto pela tecnologia Connected Ball.

PAULO FAVERO / Folhapress

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