Inter vive noite apoteótica no Beira-Rio em vitória sobre River Plate

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Nem o mais criativo roteirista esboçaria um filme com tantos dramas quanto a vitória por 2 a 1 do Inter sobre o River Plate, duelo da Libertadores que acabou com classificação gaúcha para as quartas de final após pênaltis —o jogo de ida teve vitória argentina pelo mesmo placar.

NOITE ÉPICA EM PORTO ALEGRE

O Beira-Rio foi palco de um jogo que entrará para a história. Desde o início da noite, o estádio situado às margens do Guaíba deixou parte da cidade completamente vermelha, com “ruas de fogo” lotadas para receber o ônibus da equipe em um cenário apoteótico.

O público presente foi o maior desde a reinauguração do local, há quase dez anos: ao todo, 50.479 pessoas lotaram as arquibancadas e testemunharam, mesmo sob frio, um quente duelo entre brasileiros e argentinos.

Depois de um primeiro tempo agitado, mas sem gols, a emoção ficou para a etapa final, quando um ex-jogador do River brilhou: Mercado, após cobrança de escanteio da direita, apareceu entre os ex-companheiros e abriu a contagem para o Inter de cabeça, esquentando ainda mais um agitado Beira-Rio aos 24 minutos.

Demorou pouco para o caldeirão colorado ferver: Alan Patrick, em falta que caprichosamente desviou na zaga adversária, fez o 2 a 0 e colocou sua equipe em vantagem no placar agregado.

Como um bom filme de drama, o final não seria tão tranquilo. Rojas, já perto dos acréscimos, deixou o estádio em Porto Alegre triste ao diminuir o marcador e levar a disputa para os pênaltis.

Nas penalidades, mais apreensão: em 12 cobranças, foram 12 gols (seis para cada lado). A sequência, aliás, danificou a marca da cal onde os chutes eram dados.

Em meio aos buracos, Solari escorregou e, apesar de balançar as redes, teve a cobrança desperdiçada por ter dado dois toques na bola.

O erro caiu como uma luva para o Inter, que só precisava marcar com Carlos De Pena para se classificar. O uruguaio, no entanto, carimbou a trave de Armani e adiou a decisão.

Depois de mais quatro cobranças convertidas no local, a situação ficou impraticável na marca do pênalti, e o árbitro Andrés Matonte optou por mudar o lado das cobranças após um aviso aos dois capitães.

Lembra do Rojas? Ele virou vilão. O último jogador de linha do River a bater acertou o travessão de Rochet e deixou a vaga nos pés de Vitão —ou do próprio goleiro.

O zagueiro se encaminhava para cobrar quando o uruguaio chamou a responsabilidade: Rochet pegou a bola, balançou as redes do colega de profissão Armani e fechou, com chave de ouro, uma noite vermelha e quente em Porto Alegre.

BRUNO MADRID / Folhapress

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