SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Austrália não estava entre as favoritas nas principais casas de aposta antes do início da Copa do Mundo feminina. Quando a capitã e maior estrela da seleção, Sam Kerr, 29, machucou-se pouco antes da estreia e sua participação no torneio se tornou incerta, a expectativa para país ficou pior ainda.
Mas, quando a bola começou a rolar, tudo mudou. Com um jogo coletivo e muito bem organizado, a equipe australiana conseguiu não apenas superar a ausência de sua principal craque como fazer uma campanha que já é histórica, ao chegar pela primeira vez à semifinal.
Neste sábado (12), as Matildas, como as atletas são conhecidas no país, conseguiram uma classificação heroica, superando a França nos pênaltis. Depois de um empate sem gols durante o tempo regulamentar e a prorrogação, a Austrália venceu nas penalidades por 7 a 6 depois de 20 cobranças ao todo.
No Suncorp Stadium, em Brisbane, a ampla maioria dos 49.461 presentes foi ao delírio com a nova vitória das co-anfitrãs desta edição, que mantém vivo o sonho da conquista inédita.
Apenas uma vez na história um país sede da Copa do Mundo feminina conseguiu ficar com o caneco. Isso aconteceu em 1999, quando a seleção dos Estados Unidos ganhou o segundo de seus quatro títulos.
Maiores vencedoras da competição, as americanas também foram campeãs na China (1991), no Canadá (2015) e na França (2019).
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las também são as únicas que, como anfitriãs, avançaram pelo menos até a semifinal. A China (1991 e 2007), a Suécia (1995), a Alemanha (2011), o Canadá (2015) e a França (2019) nem sequer conseguiram terminar a competição entre as quatro melhores seleções nas edições em que receberam o torneio.
Desta vez, dois países tiveram a chance de fazer uma grande festa em casa. A Nova Zelândia, porém, não passou da fase de grupos. Ficou em terceiro na chave em que avançaram Suíça e Noruega.
Na trajetória até a semifinal, a Austrália liderou o Grupo B, com a Nigéria passando em segundo, e Canadá e Irlanda sendo eliminados.
Nas oitavas, as australianas ganharam da Dinamarca, por 2 a 0, jogo que marcou a estreia de Sam Kerr na competição. Ele entrou no segundo tempo, quando o placar já estava resolvido.
Ainda fora de sua forma ideal, ela também começou o duelo com a França no banco de reservas e entrou aos nove minutos do segundo tempo. Nas cobranças de pênaltis, foi ela quem converteu o terceiro chute das donas da casa.
Agora, o desafio será contra a Inglaterra, que assim como as demais semifinalistas, Espanha e Suécia, também está em busca da inédita conquista.
A primeira semifinal será disputada na terça-feira (12), entre Espanha e Suíça, às 5h (de Brasília). No dia seguinte, quarta-feira (16), as australianas vão duelar com as inglesas às 7h (de Brasília).
A final da Copa do Mundo feminina 2023 está marcada para o domingo (20), às 7h (de Brasília), no estádio Olímpico de Sidney, na Austrália, palco em que as donas da casa esperam conquistar o título inédito.
Redação / Folhapress