Após semanas de tensão em um julgamento televisionado, o ator Johnny Depp foi absolvido por unanimidade das acusações de sua ex-mulher, Amber Heard. De acordo com o veredicto, Amber Heard difamou seu ex-marido em um artigo publicado pelo The Washington Post em 2018, no qual ela se descreveu como uma “figura pública que representa o abuso doméstico”.
Mas o júri também deu razão ao processo apresentado pela atriz por US$ 100 milhões, no qual ela afirmava ter sido difamada por declarações do advogado de Depp, Adam Waldman, que disse ao Daily Mail que as alegações de abuso eram uma “montagem”.
O júri foi composto por sete membros, cinco homens e duas mulheres, e considerou neste caso que Depp difamou sua ex-mulher através do advogado e que o ator deve indenizá-la em US$ 2 milhões. Já Amber Heard foi condenada a pagar 15 milhões de dólares para o ex-marido.
Depois de saber da decisão, a atriz disse que estava decepcionada “para além das palavras” e considerou o julgamento “um revés” para as mulheres.
“Hoje sinto uma decepção para além das palavras. Estou inconsolável porque a montanha de evidências não foi suficiente para fazer frente ao poder e à influência desproporcional do meu ex-marido”, disse Heard em um comunicado.
Por sua vez, o ator, que não esteve presente no tribunal para a leitura da decisão, declarou no Instagram que “depois de seis anos, o júri me devolveu a vida. Estou realmente comovido”.
O julgamento, que começou em abril, finalmente foi concluído, depois de quase 50 dias de depoimentos e testemunhos, troca de acusações, lágrimas e protestos, principalmente de fãs do ator. O júri civil, composto por sete pessoas, ouviu as alegações finais na sexta-feira, 27, e deliberou por cerca de duas horas antes de sair para o feriado do Memorial Day. Eles voltaram a se encontrar na terça-feira, 31. Ao todo, o grupo levou 3 dias para deliberar sobre o caso.
O casamento entre Johnny Depp e Amber Heard durou dois anos, de 2015 a 2017. A partir de 2016, no entanto, os dois passaram a se acusar mutuamente de agressões e violência, com diversos processos sendo movidos na justiça.
Da Redação com Estadão