RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – A diretoria do Flamengo encarou a briga entre Gerson e Varela nesta terça-feira (15) de uma forma diferente de como tratou a agressão do preparador físico Pablo Hernández ao atacante Pedro.
Internamente, a interpretação é de que a briga entre o meia e o lateral direito é algo relativamente “normal” dentro de um ambiente de treinamento de time de futebol, embora os atletas tenham admitido que “passaram do ponto”.
O Flamengo avalia que no caso de Pedro, ele sofreu uma agressão do preparador físico quando estava totalmente passivo e sem demonstrar interesse em brigar com Pablo Hernández.
Já no caso de Gerson e Varela, há um entendimento de que além de discussões acontecerem no dia a dia dos treinos de clubes, ambos tiveram o intuito de brigar.
No episódio de Pedro, o preparador físico Pablo Hernández foi demitido menos de 24 horas depois da agressão.
A MANIFESTAÇÃO OFICIAL
Em nota, o time rubro-negro considerou a troca de socos entre Gerson e Varela como um “entrevero” e enfatizou que os jogadores enxergaram o episódio como algo que “faz parte de um treino disputado”.
Gerson e Varela estão relacionados para a partida desta quinta-feira (16), contra o Grêmio, válida pelo jogo de volta das semifinais da Copa do Brasil. Na ida, em Porto Alegre (RS), o Flamengo venceu por 2 a 0 e pode perder por até um gol de diferença nesta quarta-feira que fica com a vaga na decisão.
Varela recebeu uma máscara para proteger o rosto já que teve o nariz fraturado após um soco de Gerson.
PREPARADOR FOI DEMITIDO; PEDRO FOI SUSPENSO
No caso da agressão de Pablo Hernández a Pedro, a diretoria do Flamengo decidiu, num primeiro momento, ficar ao lado do atacante, tendo como consequência o desligamento do preparador físico do clube, além de um acompanhamento ao camisa 9 no registro de ocorrência na delegacia.
O clube rubro-negro, porém, aplicou uma multa a Pedro por se recusar a aquecer -episódio que motivou a agressão de Hernández- e posteriormente suspendeu o jogador em uma partida depois que ele faltou à reapresentação sem um aviso prévio. Sua justificativa, após a atividade, foi a de que estava com dores no rosto.
A opção por suspensão em um jogo também já havia sido aplicada em Gabigol, por discussão com o vice de futebol, Marcos Braz; Vidal, por ato de rebeldia no banco de reservas; e Marinho, que se recusou a viajar com a delegação para duelo pela Libertadores.
BRUNO BRAZ, IGOR SIQUEIRA, RODRIGO MATTOS E ALEXANDRE ARAÚJO / Folhapress