BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro da Casa Civil, Rui Costa, creditou a um “erro técnico” o apagão em 25 Estados e no Distrito Federal ocorrido nesta terça-feira (15).
Segundo ele, não foi um excesso de demanda e ausência de oferta a razão do problema no abastecimento de energia elétrica.
“Foi erro técnico, falha técnica, precisa identificar o que foi que aconteceu. Espero que o mais rápido possível consigamos dizer à sociedade”, afirmou em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro da EBC (Empresa Brasil de Comunicação).
Nesta terça (15), o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) afirmou que o apagão foi um fenômeno extremamente raro, só observado com a ocorrência de dois eventos concomitantes. Segundo ele, um dos incidentes ocorreu no Ceará por causa de uma sobrecarga na transmissão, o que fez o sistema entrar em colapso na região.
Ele não soube dizer onde teria havido o segundo problema nem a causa. Segundo ele, os órgãos reguladores têm até 48 horas para divulgar as primeiras análises.
“Não tem outro evento ainda apontado pelo ONS [Operador Nacional do Sistema]. Mas a robustez do sistema leva a presumir que tivemos outro evento que causou um evento dessa magnitude”, afirmou Silveira em coletiva à imprensa.
Durante a entrevista, Silveira comentou o post da primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, que associa o apagão a privatização do sistema Eletrobras, mas não responsabilizou a empresa.
“A Eletrobras foi privatizada em 2022. Era só esse o tuíte”, afirmou Janja.
O ministro reforçou as críticas, mas evitou ligar diretamente a venda ao apagão. “Primeiro que todos conhecem minha posição com relação à privatização. Um setor estratégico para segurança do país inclusive para segurança alimentar, energética, em especial com a dimensão territorial do Brasil na minha visão, não deveria ser privatizado”, afirmou Silveira.
O apagão interrompeu o fornecimento de energia em todo o país, com exceção de Roraima, que não está no SIN (Sistema Integrado Nacional). Foi considerado atípico pelos especialistas porque os reservatórios das hidrelétricas estão cheios e há número adequado de linhas transmissão.
A queda de energia ocorreu às 8h30, longe do horário de pico. O que mais intrigou foi o restabelecimento mais lento que esperado e a demora em explicar o que tinha ocorrido.
Redação / Folhapress