SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Ser sexy e vulgar, sucesso em todo o mundo, intimidades e os limites para se sonhar foram alguns dos assuntos de Anitta em conversa no Saia Justa, ao vivo, na noite desta quarta-feira (16). No programa do canal pago GNT, o time liderado por Astrid Fontenelle recebeu a funkeira e abriu o papo mostrando um trecho exclusivo do clipe de “Used to Be”, um dos próximos singles.
A faixa encerra uma trilogia de canções, e Anitta fala que está “analisando mil vezes” a troca de energia com outras pessoas. “Eu era piranha e agora não sou mais”, explicou ela, sobre um trecho da faixa. A conversa, então, foi para o conceito de ser sexy e vulgar -algo que sempre é questionada.
“Então, por que dá mais audiência? As pessoas não querem admitir que querem ver, acabam vendo e não querem falar”, aponta Anitta. “Para mim, que tem essa problematização com sexual e vulgar, é uma pessoa que tem um julgamento e vergonha pra si próprio, de assumir pra si mesmo do que gosta e sente prazer, admira e curte esse tipo de coisa.”
“Quando eu tô peladona no clipe, é porque tô afim. Quando é homem por trás, ele tá pensando no resultado financeiro, e a mulher… é porque tá afim de se curtir. Não interessa o fim financeiro. São intenções diferentes”, analisou a funkeira.
A conversa também recuperou a infância da artista, em que a mãe teve papel fundamental. Segundo ela, a parte sexual sempre foi alertada sobre os riscos. “Ela dizia que podia começar a vida sexual quando tivesse responsabilidade pra isso (…) Pode ser só diversão, mas também pode ser pelo resto da vida.”
Em relação ao clipe de “Vai Malandra”, em que aparece sua bunda nos primeiros segundos, ela recorda que “estava caro pra tratar a imagem” a fim de esconder as celulites. Além disso, ela recorda que sempre foi insegura, mas que sustentou um personagem em tudo o que fazia -em que falava tudo mesmo. A intenção sempre foi causar impacto. “Chegava pra falar coisas que fossem causar, mas não pela audiência, mas para as pessoas verem que eu podia ser do jeito que eu quiser.”
Nessa mesma missão de sustentar sua personalidade, Anitta reforça que busca se internacionalizar porque queria trazer credibilidade ao funk e ao funkeiro dentro do Brasil, e não pela fama. Na visão dela, que teve aceitação da banca de entrevistadoras, os brasileiros só aprovarão o estilo quando alguém de fora do país disser que o funk é incrível.
Além disso, a cantora disse que, hoje em dia, sabe o “início, meio e fim” de sua vida, já que faz o que ama, algo muito maior do que conquistar ainda mais dinheiro. “Antigamente, eu queria reconhecimento das pessoas, tinha necessidade que pessoas reconhecessem o que fiz. Ninguém vê o quanto ralei? É de se vitimizar”, explica. “Hoje é indiferente se alguém vai reconhecer, credibilizar. Tenho tanta certeza pra mim, de pensar em toda dificuldade que passamos, a gente tem tanta certeza que isso dentro é muito com expectativa e hoje em dia.”
Anitta, no último bloco, foi submetida a um papo mais íntimo. Hoje, ela percebeu que gosta de ficar mais sozinha. “O que você não tá querendo se ouvir? Tem muita gente que não gosta por causa disso”, analisou.
Redação / Folhapress