Leandro Roque de Oliveira – o Emicida – nasceu no dia 17 de agosto de 1985. Preparamos uma lista com 38 curiosidades sobre a vida e carreira de Emicida, para comemorar os seus 38 anos completados hoje, e para que você conheça mais sobre a trajetória e a obra desse gigante da nossa música.
O rapper, cantor, letrista, compositor, apresentador e empresário paulistano é considerado uma das maiores revelações do hip hop do Brasil da década de 2000.
Nascido no Tucuruvi e criado em um bairro bastante humilde da Zona Norte de São Paulo, o Jardim Fontalis, Emicida passou uma infância de dificuldades, ao lado da mãe – Dona Jacira, grande inspiração – das duas irmãs mais velhas e do irmão mais novo, Evandro Fióti, que também é músico, produtor, e hoje é seu sócio e empresário.
Muita coisa aconteceu para ele chegar onde está hoje e levar muita gente com ele.
Vamos lá?
38 fatos sobre Emicida
1 – Emicida fala sobre Dona Jacira na música “Mãe”, de 2015
Dona Jacira – hoje escritora, poeta, ativista, cantora, artista plástica e bordadeira – criou os quatro filhos sozinha, trabalhando na feira, estudando enfermagem e também como empregada doméstica.
Nunca se conformou com a máxima de que “preto e pobre não tem direito” e foi à luta para mudar a sua vida e a de seus filhos. Emicida fala da sua relação com Dona Jacira na música Mãe, de 2015.
2 – Seu primeiro contato com a música foi com o pai, Miguel
Emicida perdeu o pai, Miguel, muito cedo (quando o artista tinha apenas seis anos) por conta de uma briga de bar, que acabou resultando em um acidente. Miguel era DJ dos bailes black do bairro – muito comuns naquela época – os quais organizava junto com Dona Jacira e onde Emicida teve o seu primeiro contato com a música.
Emicida conta a história da morte de seu pai na música Crisântemo, de 2013.
3 – O título da primeira mixtape de Emicida é uma história real
O título da primeira mixtape lançada por Emicida – Para quem já mordeu um cachorro por comida, até que eu cheguei longe – é uma história real.
Muitas vezes, Dona Jacira só conseguia comprar um pão para dividir entre seus quatro filhos. Certa vez, Emicida, distraído com a televisão, teve seu único pedaço de pão furtado pela cadelinha da família, a Afrodite. De tanta raiva – e fome – deu-lhe uma mordida. Com a boca cheia de pêlos pensou: “O que eu estou fazendo?”.
4 – Emicida queria ser quadrinista
Por conta do racismo constante, Emicida – que gostava bastante de estudar – odiava o ambiente escolar e não queria saber da escola. Foi quando uma professora descobriu que ele era apaixonado por histórias em quadrinhos – seu sonho era ser quadrinista – e podia aprender coisas a partir delas.
Quando tinha 15 anos, ganhou um torneio de desenho de quadrinhos de São Paulo chamado Geração Cultura.
5 – Ao ouvir Racionais MC’s e Planet Hemp resolveu colocar suas rimas no papel pela primeira vez
A paixão pelos quadrinhos ficava lado a lado com a paixão pelo rap. Ele conta que a inspiração para escrever suas primeiras músicas veio de duas fitas cassetes compradas em conjunto em um camelô:
- Sobrevivendo no Inferno, dos Racionais MC’s;
- e Os Cães Ladram Mas a Caravana Não Pára, do Planet Hemp, ambos discos de 1997.
Foi ali que resolveu parar pela primeira vez e botar suas rimas no papel.
6 – Já trabalhou como pedreiro, na feira, vendeu hot dog e formou-se em Design Gráfico
Emicida foi pedreiro, trabalhou na feira e vendeu hotdog. Também formou-se em Design Gráfico e, fez estágio na área, trabalhando como desenhista e ilustrador. Chegou a trabalhar também em uma produtora musical pouco antes de tornar-se conhecido, e conta que lá aprendeu muito do que era produzir música.
7 – Emicida venceu por 12 vezes a Rinha dos MC
Certa vez, também com 15 anos, foi se inscrever em um curso de quadrinhos na Avenida Paulista e, chegando lá – como não tinha mais vagas – acabou se inscrevendo em um Workshop de Rap. Nesta época, ele já fazia uma brincadeira de rimas com os amigos.
Foi nesse local (que, na verdade, depois ele descobriu ele ser um encontro de advogados e jornalistas faziam uma análise sociológica do rap) que ele conheceu o também rapper paulistano Rashid, e a gente conta essa história completa aqui nesta matéria especial.
A partir desse encontro (primeira vez que Emicida subiu em um palco pra rimar), Leandro e Rashid começaram a frequentar as batalhas de MCs que aconteciam em São Paulo, e Leandro, com sua inteligência e sensibilidade, ganhava praticamente todas: ele venceu por 11 vezes consecutivas a Batalha de MC da Santa Cruz e por 12 vezes a Rinha dos MC.
8 – De onde surgiu o apelido “Emicida”?
Seus amigos começaram a chamá-lo de “assassino de MCs”, diziam que – com ele – não sobrava um, que ele era um verdadeiro “homicida” nas batalhas. Foi ele quem falou: “Homicida não, porque eu assassino apenas MC ‘s. Sou um Emicida. O nome pegou! Depois, Emicida também passou a atribuir o nome a uma sigla: “Enquanto Minha Imaginação Compor Insanidades Domino a Arte”.
9 – Foi o primeiro paulistano a vencer a Liga dos MCs no Rio de Janeiro
Vencendo cada vez mais batalhas em São Paulo, Emicida foi para o Rio de Janeiro, onde acontecia a importante Liga dos MCs. E venceu, sendo o primeiro cara de São Paulo a ganhar o torneio. Foi aí que começou a ficar mais conhecido.
Ficou uns quatro anos batalhando diariamente, mas percebeu que – naquela época, com a pouca visibilidade – a carreira dos MC’s ficava somente ali, nas batalhas. E ele queria ir mais longe. Queria alcançar mais pessoas com sua voz e suas rimas.
10 – Dona Jacira conta que a melhor coisa que os filhos fizeram foi não escutá-la
No começo, Dona Jacira não apoiava muito a decisão do filho. Por já ter visto a sua própria arte ser silenciada tantas vezes e por medo de que a história do marido se repetisse. Tinha muito preconceito em torno das batalhas de rap, muito racismo envolvido.
Com o tempo, a mãe compreendeu a seriedade e a devoção com o que eles levavam a música. Hoje, Dona Jacira fala que a melhor coisa que os dois filhos fizeram foi não a terem escutado. A gente conta essa história bonita em detalhes aqui nesta matéria especial.
11 – Junto com o irmão Evandro, fez seu próprio selo, sua própria produtora e seu próprio empresário
Logo, família e amigos já estavam todos ajudando Emicida a embalar os milhares de CD’s, quando ele decidiu burlar a lógica burocrática e custosa da indústria musical e não render-se à lógica capitalista do mercado tornando-se – ele mesmo, junto com irmão Evandro (que já o acompanhava desde as batalhas) – o seu próprio selo, a sua própria produtora, o seu próprio empresário.
12 – “Não tinha dinheiro para o ônibus, mas era famoso no YouTube”
Isso aconteceu quando Emicida foi alertado pelo produtor musical a quem chama de seu mentor, Felipe Vassão, de que seus vídeos nas batalhas de MC tinham mais de um milhão de visualizações no na internet. “Não tinha dinheiro para o ônibus, mas era famoso no YouTube”, brinca.
Com uma mudança acontecendo no mercado da música, percebeu que podia usar isso a seu favor.
Foi aí que – em 2008 – Emicida lançou o single Triunfo (A Rua é Noiz), produzido por Felipe Vassão, e colocou o videoclipe da música no Youtube. O clipe concorreu ao prêmio de Melhor Vídeo no Video Music Brasil 2009, onde Emicida também concorreu nas categorias Melhor Grupo/Artista de Rap e Aposta MTV. Rapidamente, a música – que hoje tem mais de 10 milhões de views – se tornou um imenso sucesso.
13 – Emicida e Fióti lançaram, em 2009, a Laboratório Fantasma
Foi assim que Emicida e Fióti lançaram, em 2009, a Laboratório Fantasma (o nome é inspirado no Motoqueiro Fantasma, super herói favorito do rapper).
Nascida como um coletivo de artes, a Laboratório Fantasma é hoje um hub de entretenimento que tem como missão transformar os lugares por meio da música e do amor. Aqui nesta matéria a gente conta mais sobre o propósito da LAB.
14 – Sua primeira mixtape foi produzida e vendida de forma artesanal
Com o sucesso de Triunfo e a fundação da Laboratório Fantasma, o artista lançou a sua primeira mixtape – Pra Quem Já Mordeu Cachorro Por Comida, Até Que Eu Cheguei Longe – com 25 faixas.
Os CDs eram prensados por eles, em casa, um por um, e vendidos de mão em mão. Tudo muito artesanal. O preço, na mão deles, era R$ 2 para pessoa física e R$ 10 para as lojas e camelôs. A ideia era que as pessoas pudessem pagar pelo seu disco e – depois – fossem buscar mais do seu trabalho na internet e nos seus shows.
A repercussão foi rápida.
“Lançamos a mixtape em um fim de semana. Na sexta-feira, tínhamos vendido umas 30 cópias. No dia seguinte já tinha gente passando de carro para pegar uns lotes. Na segunda-feira nós fomos fazer as contas e tínhamos vendido mil cópias”, conta.
Emicida chegou a mandar CDs para o exterior, de tanto sucesso, e a mixtape do artista vendeu mais de 10 mil cópias no primeiro ano de lançamento
15 – Emicida queria vencer de forma coletiva
Emicida queria mais. Queria muito mais que fazer sucesso, queria mudar a história do país. E queria vencer e fazer isso de forma coletiva. Com o sucesso da primeira mixtape, o artista possibilitou que toda uma geração sonhasse, buscando forças internas para transformar o impossível em possível.
Fizemos, também nesta matéria, uma contextualização histórica do rap, até o momento em que Emicida estourou para o Brasil inteiro. Vale a pena conferir!
16 – Seu segundo EP veio em 2010
Em fevereiro de 2010, seu segundo trabalho veio em formato de EP, com seis faixas e o título Sua Mina Ouve Meu Rep Tamem.
17 – Lançou outra mixtape com preço máximo de R$ 5 reais na venda
Em setembro do mesmo ano, Emicida lança outra mixtape, com mais 18 músicas, chamada Emicídio. Ela conta com a canção homônima – que conta a história de Emicida e as dificuldades que sofreu para chegar aonde está.
Semelhante ao que aconteceu no lançamento do seu primeiro trabalho, sua gravadora, a Laboratório Fantasma estipulou o preço máximo de R$ 5 para cada disco da nova mixtape.
18 – Apresentou um quadro no programa “Manos e Minas”
Também em 2010, Emicida apresentava um quadro no programa Manos e Minas, da TV Cultura, considerado um dos principais porta-vozes do hip hop e do rap no Brasil, e um dos pioneiros desses gêneros na televisão brasileira.
19 – Apresentou o programa Snague B, na MTV
Em 2011, também apresentou o programa Sangue B, na MTV, com foco na black music, em que ia às ruas para desvendar talentos e tratar das várias vertentes como o R&B, soul, funk, reggae e também os reflexos nacionais que o samba e os bailes funk causaram na sociedade.
20 – Foi o primeiro rapper brasileiro a se apresentar no Coachella
Em abril de 2011, Emicida foi o primeiro rapper brasileiro a se apresentar em um dos maiores festivais de música dos Estados Unidos: o Coachella, na Califórnia. Aqui no Brasil, em setembro, o rapper subiu duas vezes aos palcos do Rock in Rio.
21 – Ganhou o prêmio de Artista do Ano no VMB, da MTV
Se em 2009 ele não ganhou nenhum dos prêmios aos quais foi indicado no VMB da MTV, em 2011 ele levou Videoclipe do Ano (com o clipe de Então Toma) e Artista do Ano. Ainda se apresentou na premiação, dando a seguinte declaração:
“Estamos promovendo uma reforma-agrária na música brasileira”.
22 – Gravou um EP em Nova York
Ainda em 2011, Emicida lançou o seu segundo EP: Doozicabraba e a Revolução Silenciosa. Produzido pelos norte-americanos K-Salaam & Beatnick, e gravado em uma passagem por Nova York, tem nove faixas e participações da cantora:
- Paola Lucio;
- de Rael Da Rima;
- Evandro Fióti;
- Don Pixote;
- e MV Bill.
23 – Em 2011, é lançado o documentário “The Rise of Emicida”
Também em 2011, é lançado o documentário The Rise of Emicida, que fala dos seus primeiros anos até chegar à ascensão na carreira, pelo The Creators Project, da revista estadunidense-canadense Vice.
24 – Lançou um álbum com Criolo
Em 2013 – ano em que ganhou o prêmio de Melhor Intérprete pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) – foi lançado o álbum Criolo & Emicida Ao Vivo, uma parceria entre os dois principais rappers que chegaram para transformar e reacender a cena rap na primeira década dos anos 2000.
Todo o material foi disponibilizado para descarga digital, de forma gratuita no site do projeto.
25 – Seu primeiro álbum foi escolhido como disco do ano em 2013
Também em 2013, Emicida lançou seu primeiro álbum de estúdio: O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui.
Com influências diversas da música popular brasileira, o disco marcou presença nos primeiros lugares das principais listas de melhores discos de 2013, sendo inclusive escolhido o disco do ano pela revista Rolling Stone. A gente fala mais sobre cada um dos álbuns do artista nesta matéria especial.
26 – Uma viagem ao continente africano originou seu segundo álbum
Em 2015, o artista realizou uma viagem de 20 dias ao continente africano. A experiência da viagem e a conexão com músicos locais lhe rendeu um encontro com suas raízes e uma transformação em sua vida, servindo de inspiração para o seu próximo álbum: Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa, que foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Urbana e resultou também no documentário Sobre Noiz.
27 – Denuncia a violência policial a homens e meninos negros na música “Chapa”
É desse álbum a canção Chapa, que faz uma denúncia conta a violência policial a homens e meninos negros no Brasil, e a música e o clipe de Boa Esperança, que trazem criticas ao racismo e às injustiças sociais, com foco no descaso e abuso que empregadores tem com empregadas domésticas.
O clipe conta com a participação do próprio rapper, de Domenica e Jorge Dias – filhos do rapper Mano Brown – de Divina Cunha e Raquel Dutra – moradoras da ocupação Mauá no centro de São Paulo – e de Dona Jacira, mãe de Emicida. Tanto Divina, quanto Jacira e Raquel já trabalharam como empregadas domésticas.
28 – Em 2016, a LAB Fantasma lança uma coleção de roupas
No São Paulo Fashion Week de 2016, Emicida – juntamente com seu irmão Fióti e com o estilista João Pimenta – lançaram na sua marca Laboratório Fantasma uma coleção de roupas intitulada LAB.
Desde então, a marca já participou de três desfiles da SPFW, rompendo os padrões da moda e trazendo diversidade para o palco do desfile, com roupas com influências das culturas orientais e africanas utilizadas por modelos plus size, cabelos black power e um pessoas com vitiligo.
O cantor e compositor Seu Jorge esteve entre os modelos do primeiro desfile. Na edição seguinte, o tema era “herança”, e as roupas utilizavam influências do rap e do samba, com bordados da mãe de Emicida e Fióti, Dona Jacira. Wilson das Neves e Fabiana Cozza participam do desfile.
Em 2018, a coleção utiliza cores mais claras do que nos outros desfiles da marca, e a cantora IZA estava entre as modelos.
29 – A canção “A Chapa é Quente” foi indicada ao Grammy Latino de Melhor Canção de Música Urbana
Em 2017, Emicida e Rael fizeram uma parceria com dois rappers portugueses – Capicua e Valete – e lançaram o álbum Língua Franca.
A canção A Chapa é Quente, deste álbum, foi indicada ao Grammy Latino de Melhor Canção de Música Urbana.
30 – Emicida, Rael e Fióti ganharam o Prêmio GQ Brasil Men Of The Year em 2017
Também em 2017 – ano em que Emicida realizou a gravação de seu primeiro DVD – ele, Rael e Fióti ganharam o Prêmio GQ Brasil Men Of The Year, da revista GQ, na Categoria Música, representando o Rap Nacional.
31 – Lançou seu primeiro livro infantil em 2018
Em 2018, o artista lançou seu primeiro livro infantil, intitulado Amoras, onde ele traz um diálogo que teve com sua filha Estela, debaixo de um pé de amoras.
Uma história cheia de simplicidade e poesia, que mostra a importância de nos reconhecermos nos pequenos detalhes do mundo e nos orgulhamos de quem somos – desde criança e para sempre – com referências à religião e à resistência afro.
32 – Participou da música e videoclipe “O Céu é o Limite”
Ainda em 2018, Emicida participou – juntamente com Djonga, Rael, Bk’, Rincon Sapiência e Mano Brown – de uma música e videoclipe intitulados O Céu é o Limite, trazendo uma representatividade para o negro no Brasil ao juntar três gerações diferentes do rap, de três estados diferentes do país.
No mesmo ano, Emicida passou a integrar o elenco de apresentadores do programa Papo de Segunda, do Canal GNT.
33 – O álbum “AmarElo” foi um marco na carreira de Emicida
Em 2019, Emicida lançou o seu trabalho mais significativo até agora e um dos trabalhos mais valiosos lançados nos últimos tempos no que diz respeito à música popular brasileira, aclamado pelo público e pela crítica. Aquele que ele considera um experimento social: o álbum AmarElo.
O título é uma referência ao poema de Paulo Leminski (Amar é um elo | entre o azul | e o amarelo). A gente conta tudo sobre o álbum, participações e histórias de cada uma das canções, nesta matéria especial!
AmarElo venceu o Grammy Latino 2020 na categoria Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa e ainda rendeu:
- o minidocumentário AmarElo – As histórias por trás do clipe;
- a série AmarElo – O Filme Invisível, o Podcast Amarelo Prisma, em que Emicida mostra novas perspectivas em uma jornada de transformação pessoal e social;
- e o álbum Amarelo – Ao Vivo, que apresenta o show gravado no Theatro Municipal de São Paulo.
34 – Lançou seu segundo livro infantil em 2020
Em 2020, Emicida lançou seu segundo livro infantil, E Foi Assim Que Eu e a Escuridão Ficamos Amigas, que fala sobre como as crianças lidam com os medos que as assombram e com a coragem de enfrentá-los.
Ainda neste ano, Emicida volta a subir ao Palco Sunset, do Rock in Rio, agora como artista principal.
35 – Lançou uma série de cinco episódios com a proposta de trazer reflexão sobre questões fundamentais da sociedade, a partir da negritude brasileira
Em 2021, foi lançada a série O Enigma da Energia Escura, desenvolvida por Emicida e Fióti, e que conta com cinco episódios apresentados pelo próprio Emicida, com a proposta de trazer uma reflexão sobre questões fundamentais da sociedade e a história da população, a partir da negritude brasileira.
36 – Emicida realizou uma residência artística na Universidade de Coimbra, em Portugal
Ainda em 2021, Emicida realizou uma residência artística na Universidade de Coimbra, em Portugal, a convite do Centro de Estudos Sociais da Universidade, realizando palestras e entrevistas, falando sobre desigualdade social, produzindo reflexões sobre como a arte pode produzir uma forma de emancipação que enriquece a sociedade na qual ela se encontra.
37 – Emicida, junto a Fióti, Rael e Drik Barbosa, trouxeram o rap para o Festival Novabrasil pela primeira vez
Em 2022, Emicida e seus companheiros de Lab Fantasma – Fióti, Rael e Drik Barbosa – subiram ao palco do Festival Novabrasil 2022, no dia 15 de outubro, no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, e fizeram uma apresentação histórica, trazendo – pela primeira vez – o rap para o palco do Festival.
38 – Tem sua própria horta em casa e aprendeu com ela a respeitar o tempo das coisas
Emicida tem sua própria horta em casa e ama botar a mão na terra. Diz que ela é a melhor professora a respeito do tempo das coisas. Aprendeu sobre mexer na terra com a mãe e também quando leu sobre a força da horta durante o tempo em que Nelson Mandela ficou preso. Foi isso que o fez saber respeitar o tempo das coisas e se conectar com o ciclo da vida.