SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar abriu próximo da estabilidade nesta segunda-feira (21) após ter registrado valorização de 1,2% na semana passada, apoiado por um ambiente global de aversão ao risco.
Às 9h18, a venda da moeda à vista estava em queda de 0,03%, cotada a R$ 4,9652. Nesta semana, investidores esperam a retomada das discussões sobre o arcabouço fiscal na Câmara, que deve apoiar os negócios no Brasil.
Na sexta (18), a Bolsa brasileira subiu 0,37%, interrompendo a sequência recorde de 13 quedas registradas nos pregões anteriores apoiada pela Petrobras e por empresas do setor de varejo. Com isso, o Ibovespa encerrou o dia aos 115.408 pontos, mas ainda acumula baixa de 2,2% na semana.
O setor de varejo também foi um dos destaques positivos do dia. A maior alta da sessão foi do Magazine Luiza, com ganhos de 6,38%. Carrefour e Assaí também figuraram entre os melhores desempenhos do pregão, avançando 5,23% e 3,22%, respectivamente.
As ações do setor foram apoiadas pelo alívio na curva de juros futuros, que registrou queda. Os contratos com vencimento em janeiro de 2024 iam de 12,44% para 12,43%, enquanto os para 2025 caíam de 10,54% para 10,52%.
Na ponta negativa, a Vale pressionou o Ibovespa com uma queda de 1,11%, impactada diretamente pelos problemas da economia chinesa. Os papéis da mineradora lideraram as negociações do pregão.
A leve alta do índice nesta sexta, porém, é vista como um movimento de correção após as quedas sucessivas registradas nos últimos pregões, já que não houve indicadores relevantes na agenda local. A expectativa para a próxima semana é que a pauta econômica seja retomada no Congresso, apoiando as negociações no Brasil.
“Com a votação do arcabouço fiscal prevista para a semana que vem e a retomada das negociações em torno da reforma tributária nas semanas seguintes, esperamos que o sentimento do investidor volte a melhorar internamente”, disse a equipe da Guide Investimentos.
Nos Estados Unidos, os principais índices acionários ficaram praticamente estáveis, com exceção do Nasdaq, que caiu 0,20% em meio ao temor sobre elevação dos juros americanos.
Na Europa, as ações caíram ao nível mais baixo em seis semanas pressionadas justamente pela preocupação com as altas taxas de juros no mundo, além dos temores sobre a China. O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,61%, a 448,44 pontos, na quarta sessão consecutiva em baixa e no menor nível desde 7 de julho.
Redação / Folhapress