SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Oito pessoas, incluindo crianças, ficaram presas nesta terça-feira (22) em um teleférico, a 274 metros de altura, após um cabo romper enquanto eles iam para a escola na região montanhosa de Battagram, no Paquistão. A operação de resgate, descrita pelas autoridades como “extremamente arriscada”, é prejudicada por ventos fortes.
A Autoridade Nacional de Gerenciamento de Desastres do Paquistão disse que as tentativas de substituir o cabo falharam. Dezenas de socorristas especializados e dois helicópteros do Exército foram mobilizados para a missão de salvamento. Uma criança desmaiou devido “ao calor e ao medo” não há informações detalhadas sobre seu estado de saúde.
O teleférico está preso numa região de ravina e pendurado por um único cabo após o rompimento do outro fio de sustentação, disse Shariq Riaz Khattak, um oficial de resgate, à agência de notícias Reuters. “Todos os esforços estão sendo feitos pelo Exército do Paquistão para resgatar as pessoas presas”, disse.
O rompimento aconteceu por volta das 7h no horário local (23h de segunda em Brasília), e a operação de resgate se arrasta por mais de 10 horas. Muzaffar Khan, funcionário da administração de Battagram, disse que sete alunos e um professor estão no teleférico antes, as autoridades haviam dito que seis crianças e dois adultos estavam a bordo. Os estudantes têm de 10 a 15 anos.
As pessoas que vivem nas regiões montanhosas do norte do Paquistão costumam usar os teleféricos para o transporte de uma aldeia para outra. Abdul Nasir Khan, um morador local, disse que as crianças estavam indo para uma escola secundária em Batangai, uma comunidade vizinha. Battagram, onde ocorreu o incidente, está localizada a cerca de 200 km ao norte da capital paquistanesa, Islamabad.
O premiê interino do Paquistão, Anwaar-ul-Haq Kakar, expressou preocupação nas redes sociais. “Instruí as autoridades a realizar inspeções de segurança de todos esses teleféricos privados e garantir que sejam seguros”, escreveu ele na plataforma X, o ex-Twitter.
Redação / Folhapress