Ex-seleção que perdeu R$ 32 mi é conhecido como ‘Magnata’ e jogou até os 46

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O ex-atacante Magno Alves, vítima de um golpe de R$ 32 milhões em um suposto esquema de pirâmide, ganhou o apelido de “Magnata” durante sua longa trajetória no futebol.

MAGNATA COM FARO DE GOL

Baiano nascido em Aporá no ano de 1976, Magno Alves iniciou sua trajetória no futebol no Ratrans, modesto clube do estado nordestino, ainda no início dos anos 90.

Ele chegou ao Fluminense em 1998 após acumular passagens por times do interior de São Paulo e pelo Criciúma.

No Rio, virou um dos destaques do futebol brasileiro e ganhou o apelido de “Magnata”: além de títulos com a equipe, conquistou prêmios individuais e foi convocado para a seleção brasileira, disputando a Copa das Confederações em 2001.

Saiu do Fluminense rumo ao exterior em 2003. Além de atuar na Coreia do Sul e no Japão, defendeu as cores do Al-Ittihad e do Umm-Salal até 2010.

Assinou com o Ceará já com 34 anos e voltou a fazer história no Brasil, tornando-se artilheiro do país em 2014 e alcançando outros feitos individuais —inclusive com a camisa do Atlético-MG.

Jogou em clubes tradicionais do país até 2018. Nas últimas temporadas, rodou por times de menor expressão até encerrar de vez a carreira já com 46 anos. Ao longo de uma carreira de quase três décadas, marcou mais de 430 gols.

Nos últimos meses, trabalhou como coach —além de publicar conteúdos religiosos em seu Instagram.

EXTRACAMPO DE MAGNO ALVES

Sofreu um acidente em 1998. Ele dirigia um carro que capotou com outros dois amigos a bordo — Cristiano, um deles, morreu.

Em depressão pela morte do colega, quase se jogou de uma janela pouco tempo depois. O ato ocorreria durante uma festa, mas Magno acabou impedido por outros amigos.

Passou a frequentar a igreja e trata a religião como um de seus pilares até hoje.

PREJUÍZO MILIONÁRIO

O ex-atacante fez 33 investimentos em criptomoedas e perdeu mais de R$ 32 milhões. As informações constam em processo aberto pelo na Justiça do Ceará, e ao qual o colunista Diego Garcia teve acesso.

Segundo informou Magno Alves na ação, ele realizou contratos com a empresa Braiscompany Soluções Digitais. A natureza dos documentos era fazer investimentos no mercado de criptomoedas, locando moedas digitais em favor da empresa, com a promessa de lucros de até 10% ao mês.

O primeiro investimento foi de R$ 203 mil, em março de 2021. Ele fez aplicações menores até o início do ano seguinte, quando aplicou pela primeira vez quase R$ 1 milhão. Em maio, colocou R$ 10 milhões de uma vez.

Magno Alves disse à Justiça que, no início do contrato, o rendimento conquistado voltava em novas aplicações, com o acordo transcorrendo de forma satisfatória. Porém, a partir de dezembro do ano passado, os compromissos deixaram de ser honrados.

BRUNO MADRID / Folhapress

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