Sofridinho em ‘Cidade de Deus’, Micael Borges está adorando fazer graça na TV

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Entre interpretar o primeiro protagonista da carreira em um filme ou apostar suas fichas num carismático personagem secundário da novela das sete, Micael Borges, 34, escolheu a segunda opção. Agradeceu o convite para o longa (que ele não diz o nome porque acha que seria indelicado de sua parte) e optou por fazer parte do elenco de “Fuzuê”, trama de Gustavo Reiz que estreou na última segunda (14).

Na novela ela é Jefinho Sem Vergonha, motorista de aplicativo e aspirante a cantor que vem trazendo para Micael uma experiência da qual vem gostando muito: fazer comédia.

“É muito gostoso”, diz o ator, que em 2001 comoveu o país numa cena perturbadora de “Cidade de Deus”, em 2001 -aquela em que duas crianças da favela precisam escolher onde levar um tiro de pistola do bando do traficante Zé Pequeno (Leandro Firmino).

Micael também teve uma passagem marcante por “Malhação”, em 2009, quando tornou-se o primeiro protagonista negro da novela adolescente. De lá para cá, fez sucesso como Pedro, em “Rebelde”, na Record, e em 2018 voltou para a Globo. Ele era Laércio, personagem que vivia um romance com Carmen, interpretada por Christiane Torloni.

Agora em seu retorno à emissora, ele quer mais é viver aproveitar o “lado bom” que um personagem engraçado e cara de pau como Jefinho pode lhe proporcionar. “O público se identifica, mesmo com ele aprontando algumas bobagens. Vejo isso e estou apostando todas as minhas fichas”.

O fato de ser um motorista de aplicativo que sonha em virar um cantor sertanejo de sucesso une o personagem ao intérprete, que também tem um lado musical. Na vida real, ele é um dos fundadores do grupo Melanina Carioca e, para viver o candidato a astro sertanejo, passou a incluir clássicos do cancioneiro caipira e da sofrência em suas playlists.

Micael vem curtindo absolutamente tudo o que diz respeito a Jefinho, que arrasta um caminhão pela mocinha, Luna (Giovana Cordeiro) e tem um figurino extravagante: ele está invariavelmente de calças coladinhas ao corpo e camisas sem mangas, que deixam os braços musculosos à vista. “Ele é vibrante, cara de pau. Um barato”, diz o ator.

ANA CORA LIMA / Folhapress

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