Bolsonaro faz procedimento estético nos dentes e diz que vaidade não faz mal

Bolsonaro fez procedimento estético | Foto: Reprodução

Jair Bolsonaro (PL) passou por tratamento nos dentes e virou propaganda de uma clínica odontológica de Goiânia, que publicou na segunda-feira (21) uma foto de “antes e depois” do ex-presidente.

O dentista Rildo Lasmar divulgou ainda um vídeo do dia em que o ex-mandatário fez o tratamento e foi recepcionado por apoiadores no local. “Um pouco de vaidade não faz mal a ninguém”, afirma Bolsonaro. “Te convido, quer dar uma melhorada na aparência? Vem pra cá”, completa.

De acordo com auxiliares, o ex-presidente colocou lentes de contato dentais, com facetas de porcelana.

Nas redes sociais, houve comparações da foto de antes e depois dele e referências a uma suposta harmonização facial, procedimento com injeções para tornar o rosto mais “simétrico”. Na imagem, além de novos dentes, Bolsonaro também aparece com o cabelo cortado. A assessoria de Bolsonaro, contudo, nega que tenha havido a harmonização.

O dentista responsável pelo tratamento disse à revista Veja que cada dente custa em média R$ 3 mil e que Bolsonaro fez o procedimento em 28 dentes, totalizando R$ 84 mil.

A ida de Bolsonaro a Goiânia ocorreu na sexta (18), em meio à investigação do esquema de joias recebidas pelo governo brasileiro.

Um dia antes da viagem do ex-presidente à capital goiana, o novo advogado de seu ex-ajudante de ordens e tenente-coronel, Mauro Cid, afirmou que seu cliente faria uma confissão à PF dizendo que a venda de presentes ocorreu a mando de Bolsonaro. Depois, mudou de versão e disse que isso ocorreu só com um Rolex.

Apesar de declarações conflitantes do seu novo advogado, a nova estratégia de defesa passará por afirmar que Cid não atuava sozinho.

A investigação sobre as joias e presentes dados por autoridades de outros países, como a Folha de S.Paulo mostrou, aponta as digitais do ex-presidente na suspeita de desvio de bens públicos para enriquecimento pessoal.

Uma ação deflagrada pela Polícia Federal na última sexta-feira (11), batizada de Lucas 12:2, dá início à reta final das apurações que podem resultar na acusação de Bolsonaro como líder de uma organização criminosa.

Redação / Folhapress

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