Em entrevista exclusiva à Novabrasil FM, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, comentou a expansão do BRICS com os ingressos de Arábia Saudita, Emirados Árabes, Irã, Egito e Argentina.
“Com o ingresso desses novos parceiros, esse grupo de países vai representar 36% do PIB mundial. Abre um conjunto de novas oportunidades de trocas comerciais, de oportunidades de negócios para, principalmente, alguns setores da nossa economia: área de infraestrutura, área de energia, área do agro. É uma notícia muito importante”, disse.
Ainda nesse contexto, Pimenta acrescentou que o Brasil tem “capacidade enorme de atrair investidores”, sobretudo com o lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê investimentos na ordem de R$ 1 trilhão.
“Nós não temos capital e investidores suficientes para podermos, sozinho, o Brasil fazer essa enorme transformação. Esses dias, o presidente Lula dizia para o nosso querido Geraldo Alckmin: ‘Nós temos que botar os projetos embaixo do braço e buscar aonde está o dinheiro’. E os grandes investidores do mundo, hoje, estão aonde? Na Arábia Saudita, nos Emirados Árabes, na Europa, nos Estados Unidos… são grandes fundos de investidores. E o Brasil ficou muito tempo fora disso”, afirmou Pimenta, criticando o que, no entender dele, foi um “isolamento internacional” do país nos últimos anos.
Segundo ele, o Brasil vai “recuperando protagonismo” e “trazendo parcerias”.
Argentina
Pimenta também comentou o desempenho de Javier Milei nas eleições primárias na Argentina. Para o ministro de Lula, Milei tem “um discurso muito agressivo”. O ministro afirmou que “vai ser uma eleição emocionante”.
“A Argentina é o nosso principal parceiro na América Latina. (…) O negócio nosso com a Argentina é um bom negócio para o Brasil. Evidentemente, qualquer estremecimento dessa relação comercial não é boa”, disse.
Cirurgia de Lula
Pimenta voltou a informar que Lula fará uma cirurgia no quadril no fim de setembro. O procedimento será feito em Brasília, e o presidente ficará de “uma semana a 15 dias” despachando no Palácio da Alvorada.
Outros assuntos
Na entrevista à Novabrasil FM, o ministro falou, ainda, sobre o programa Desenrola; as viagens que Lula fará para divulgar o PAC nos estados; a cirurgia que o presidente fará no fim de setembro; a estratégia do governo de regionalizar a comunicação e as lives de Lula.