CAMPINAS, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil no interior de São Paulo abriu uma investigação contra o vereador Sirineu Araújo (PL), de Sumaré (a 103 km de São Paulo), suspeito de atirar cinco vezes contra um homem e, em seguida, atropelá-lo duas vezes com uma camionete. A vítima morreu.
Segundo a polícia, em depoimento, Araújo alegou legítima defesa e disse que vinha sendo ameaçado pela vítima, Rafael Emídio da Silva, 39 -a polícia não detalhou quais seriam as ameaças.
Ainda conforme a polícia, o vereador não foi preso porque, apesar de ele ter confessado o crime, não houve flagrante, e o legislador tem endereço fixo na cidade e se comprometeu a comparecer à delegacia sempre que preciso.
Por telefone, a assessoria do vereador declarou que “irá esperar mais detalhes da investigação para se pronunciar”. Questionados, nem a assessoria de Araújo nem a polícia informaram o nome dos advogados de defesa dele.
O caso aconteceu no último sábado (19) e foi registrado por pedestres. O vídeo circulou pelas redes sociais no fim de semana, mas a informação de que se tratava do parlamentar foi confirmada na segunda-feira (21).
Os agentes apreenderam a arma e a camionete usadas no crime. A polícia não informou se o político tenha porte de arma de fogo.
Nas imagens registradas é possível ver o momento em que o político aparece com uma arma e aponta para o rapaz no chão, que implora por ajuda. Em outra gravação, Araújo avança com o carro contra a vítima, que não reage. O homem morreu em seguida.
O caso é investigado pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana, cidade vizinha a Sumaré.
Em nota, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) informou que a DIG aguarda o laudo pericial realizado na camionete e na arma do político do PL. Disse ainda que os agentes estão buscando provas que deem maior consistência ao caso.
Sirineu também não se manifestou desde que o caso veio à tona. Ele se ausentou da sessão realizada na Câmara na última terça-feira (22).
Em nota, a Câmara disse que “não tem qualquer informação de supostos fatos envolvendo o vereador Sirineu Araújo”.
O Ministério Público de São Paulo, via assessoria, informou que aguarda o inquérito policial ser relatado à Promotoria.
LUIS EDUARDO DE SOUSA / Folhapress