SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A agência de classificação de risco Fitch revisou os ratings nacionais de longo prazo de quatro estados e duas cidades no Brasil. Subiram do patamar ‘AA(bra)’ para ‘AAA(bra)’ o estado e o município de São Paulo, além dos estados do Rio de Janeiro, de Alagoas, do Paraná e da cidade de Niterói (RJ). Todos têm perspectiva estável.
As mudanças vieram na esteira da elevação do rating soberano do Brasil para ‘BB’, em 26 de julho.
À época, a agência afirmou que a decisão reflete um desempenho macroeconômico e fiscal melhor que o esperado, além da agenda de reformas colocada em prática durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT ), com o avanço da Reforma Tributária e do arcabouço fiscal no Congresso.
Também pesaram na reavaliação da Fitch a reforma da Previdência e a independência do BC (Banco Central) –medidas tomadas durante o governo Jair Bolsonaro (PL).
“Os ratings do estado de São Paulo, do estado de Alagoas e do estado do Rio de Janeiro se beneficiam de apoio financeiro intergovernamental e são equalizados ao rating implícito na escala nacional do soberano brasileiro”, informou a agência, em comunicado.
De acordo com a Fitch, as notas em escala nacional avaliam “a vulnerabilidade relativa à inadimplência em obrigações legais apenas para emissores locais no Brasil, excluindo riscos de transferência e conversibilidade”.
Além disso, os ratings nacionais refletem os pontos fortes e fracos relativos de cada emissor em uma jurisdição específica, diz a agência, projetados para ajudar os investidores locais a diferenciar o risco.
A Fitch ressalta que a classificação não se compara com as escalas de rating internacional da agência ou com as escalas de rating nacional de outros países.
Em nota, o secretário estadual da Fazenda e Planejamento de São Paulo, Samuel Kinoshita, afirmou que a classificação coloca o estado no patamar mais alto da escala nacional da Fitch, indicando que o perfil de crédito de São Paulo se fortaleceu.
“Estar na mais alta classificação da Fitch é um sinal para investidores de que em São Paulo é possível encontrar segurança e garantia, dada a solidez e as perspectivas da economia paulista”, disse Kinoshita, em nota.
A Secretaria da Fazenda e Planejamento paulista afirmou ainda que, nos últimos meses, a agência tem destacado pontos positivos para a economia paulista, como “a robustez das receitas do estado, a elevada autonomia fiscal, com baixa taxa de transferência, e o controle moderado do crescimento das despesas, com margens operacionais sólidas”.
Redação / Folhapress