Os motoristas e cobradores de ônibus da capital paulista decidiram entrar em greve pela segunda vez em 15 dias. A categoria cruzou os braços à zero hora desta quarta-feira, 29.
Na última paralisação, de 15 horas, em 14 de junho, a categoria conseguiu um reajuste de 12,47% nos salários e no ticket-refeição, já retroativo a maio de 2022.
Desta vez, os profissionais alegam que outras demandas ainda não foram atendidas pelas empresas, que estão irredutíveis.
Segundo o presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, Valdevan Noventa, os trabalhadores não querem mais ter 1 hora de almoço sem remuneração.
Ele acrescenta que, há dois anos, as empresas não pagam o PLR. Outra reclamação é o desconto no ticket em caso de afastamento, mesmo com atestado médico.
O SPUrbanuss – Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo – lamenta mais essa paralisação dos motoristas e cobradores de ônibus, com terríveis consequências para a mobilidade da população.
Segundo a SPTrans, nos dias úteis, quase 2 milhões de pessoas são transportadas nos ônibus municipais na cidade de São Paulo. A frota atual é de 11.308 veículos.
Segue valendo a liminar conseguida pela SPTrans que determina a manutenção de 80% da frota operando nos horários de pico e 60% nos demais horários, sob pena de multa diária de 50 mil reais.
A Prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio municipal de veículos durante todo o dia. Carros com placas finais 5 e 6 poderão circular pelo Centro expandido a qualquer horário.
Continuam valendo normalmente o rodízio de placas para veículos pesados (caminhões) e as demais restrições: Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento. A Zona Azul também funciona normalmente.
Da Redação