RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Cinco celulares e um carro particular utilizado por policiais militares do Batalhão de Choque na ação que matou Thiago Flausino, 13, foram apreendidos nesta terça (29), no Rio de Janeiro.
O adolescente morreu com três tiros no último dia 7, na Cidade de Deus, zona oeste do Rio, durante uma ação da Polícia Militar.
A apreensão dos itens ocorreu a partir de pedido da Promotoria, que atua junto à Delegacia de Homicídios. A operação de busca e apreensão teve apoio da Corregedoria da PM, que em seu relatório de inquérito apontou uma série de irregularidades na ação dos policiais entre elas a utilização de um carro particular e os indícios de que uma arma foi plantada ao lado do corpo para incriminar o adolescente.
Em um primeiro momento, a corporação afirmou que houve troca de tiros e que Flausino seria um criminoso.
A Corregedoria pediu a prisão dos PMs, e o pedido está em análise pelo Judiciário.
Os mandados desta terça foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca da Capital, a partir do pedido da Promotoria que apura as circunstâncias da morte de Flausino. A investigação segue sob sigilo.
Como os PMs foram transferidos para outras unidades após o crime, as apreensões ocorreram em diferentes unidades da Polícia Militar, com endereços nos bairros de Bangu e Taquara, na zona oeste; Olaria e Tijuca, na zona norte); e em Nilópolis, na Baixada Fluminense.
BRUNA FANTTI / Folhapress