A chuva deu uma trégua, e o momento é de avaliar os possíveis riscos de deslizamentos e demais impactos nos morros de Santos. Equipes da Defesa Civil de Santos estiveram morros Santa Maria, Fontana e alguns pontos do Morro do Marapé.
Segundo o órgão, a ação de rotina tem o objetivo de proteger famílias que vivem nos morros e em áreas de risco. Desta forma vão levar orientações sobre como agir para minimizar os perigos provocados pelas chuvas dos últimos dias.
O trabalho é realizado durante todo o ano, mas ganha mais importância na medida em que este mês de agosto foi o mais chuvoso dos últimos 28 anos. Nos últimos cinco dias, Santos registrou 153 milímetros de precipitações e no acumulado desde o início do mês, 225,3 milímetros. O volume é mais do que o dobro previsto para todo mês, que é de 117 milímetros.
Contudo, de acordo com a Defesa Civil, mesmo sem nenhuma ocorrência grave nos últimos dias, o monitoramento foi efetuado para fazer um diagnóstico das áreas.
“A meta é saber em quais localidades o grau de risco de deslizamentos aumentou por causa dos temporais. Nesta ação, os agentes e geólogos fazem um estudo do local para verificar se houve aumento dos riscos e alertam os moradores para que fiquem atentos e, a qualquer sinal de perigo, alertem a Defesa Civil. Levar informação para a população é fundamental para que todos possam contribuir com nosso trabalho, que visa salvar vidas”, explicou chefe da Defesa Civil Municipal, Daniel Onias Nossa.
O trabalho segue uma escala de risco, que avalia as condições das localidades e estabelece os níveis baixo, médio, alto ou risco muito alto.
“Essa classificação é feita a partir da observação e experiência dos técnicos. Na prática, é necessário levar em conta que o solo ficou mais encharcado e tem mais chances de desmoronar, por isso temos que vistoriar e monitorar as áreas de maior risco neste período de muita chuva”, explicou o agente da Defesa Civil Rosevaldo Santana dos Santos.
Contato
A equipe da Defesa Civil atua em esquema de plantão 24 horas. Geólogos, engenheiros e técnicos executam, articulam e coordenam as ações para recuperar e prevenir acidentes.
Além dos próprios funcionários, somam-se ao grupo colaboradores de outras secretarias, Núcleos de Defesa Civil Comunitários (Nudecs), Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Fundo Social de Solidariedade e Prodesan. Há ainda apoio do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), Corpo de Bombeiros, Ministério Público, Sabesp, CPFL e Telefônica.
O atendimento à população é feito pelo telefone 199 (ligação gratuita).