Relatório de CP é protocolado na Câmara de Birigui (SP) sobre irregularidades em aquisição de óleos lubrificantes

Na tarde desta quarta-feira (30), foi oficialmente protocolado na Câmara Municipal de Birigui, estado de São Paulo, o aguardado relatório da Comissão Processante (CP) que foi instaurada com o objetivo de investigar possíveis irregularidades relacionadas à aquisição de óleos lubrificantes pela Secretaria Municipal de Serviços Públicos. Este desdobramento marca um passo importante na apuração das denúncias, e a sessão de julgamento está agendada para ocorrer às 16h da próxima segunda-feira (4).

A investigação teve início após um grupo de advogados da cidade formalizar uma solicitação de análise das suspeitas levantadas em relação ao uso inadequado de recursos públicos na referida secretaria. Os advogados se basearam em um relatório elaborado por uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) conduzida pelo próprio Legislativo, o qual destacou pagamentos que somaram pelo menos R$ 55 mil referentes a produtos que supostamente não foram entregues ao município.

O vereador Cléverson José de Souza, também conhecido como Tody da Unidiesel e membro da Comissão Processante, apresentou o relatório em conjunto com o presidente e outro membro da comissão. Ao contrário de situações anteriores em que relatórios divergentes foram apresentados em comissões semelhantes, desta vez houve uma unidade na conclusão.

O documento analisou detalhadamente as alegações e denúncias apresentadas pelos advogados que iniciaram o processo, as quais sustentavam que o sistema de controle de frotas denominado “LINK CARD” foi operado indevidamente, levando a prejuízos substanciais para os cofres públicos. Documentos, registros, planilhas e depoimentos foram minuciosamente avaliados durante a investigação, expondo a alegada má gestão e uso impróprio dos recursos destinados à aquisição de óleos lubrificantes e abastecimento dos veículos municipais.

O relatório também levantou a questão da demora na conclusão de uma sindicância aberta pela Prefeitura para investigar as possíveis irregularidades. Tal atraso foi interpretado como uma possível tentativa de encobrir práticas indevidas, prejudicando a transparência e a confiança na administração pública.

O prefeito Leandro Maffeis, por sua vez, buscou suspender o andamento da Comissão Processante por meio de um mandado de segurança apresentado à Justiça, alegando que as investigações já estariam sendo conduzidas por outras instâncias, como o Ministério Público e a sindicância municipal. A defesa do prefeito argumentou que a duplicação das investigações é desnecessária e que a situação ainda não está suficientemente clara para justificar a cassação de seu mandato.

A análise dos vereadores e a votação do relatório na próxima sessão serão cruciais para determinar o destino do prefeito Leandro Maffeis e para revelar as consequências dessa investigação sobre o uso de recursos públicos na Secretaria Municipal de Serviços Públicos em Birigui.

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