RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Lama, seis moedas dos séculos XVIII e XIX e uma medalha. Esse foi o conteúdo encontrado dentro uma caixa de chumbo, que desde quando foi encontrada no início do ano, despertava a curiosidade dos oficiais da Academia Militar de West Point, em Nova York, Estados Unidos, e arqueólogos.
A abertura da cápsula do tempo ocorreu durante um evento na última segunda-feira (28). Ao invés de artefatos raros, documentos históricos ou mesmo um tesouro esquecido, os militares se depararam com uma acumulação de lama seca. As moedas e a medalha estavam escondidas em um compartimento secreto do objeto.
“Tenho certeza de que algumas pessoas na audiência têm perguntas para nossos especialistas no palco”, comentou Jennifer Voigtschild, uma historiadora presente no evento, que foi transmitido ao vivo pela internet. Entretanto, ninguém fez perguntas, evidenciando a decepção geral com a descoberta do conteúdo da caixa.
“Quando eu descobri (as moedas), você sabe, teria sido ótimo tê-las encontrado no palco”, disse o arqueólogo de West Point, Paul Hudson, que após o evento levou a caixa de volta ao seu laboratório e começou cuidadosamente a peneirar o lama com uma pequena picareta de madeira e uma escova.
“Em pouco tempo, vejam só, a ponta de uma moeda aparece”, ele contou por telefone. “E eu pensei, bem, isso é bom. Há alguma coisa, é um começo”, acrescentou em entrevista ao Washington Post. Ele afirmou que estava desapontado assim como qualquer outra pessoa do evento que incluíam militares, historiadores, bibliotecários, curadores de museus e arquivistas
Sites especializados indicam que o valor da maioria das moedas, dependendo da condição, está entre algumas centenas de dólares e bem mais de US$ 1 mil. Os objetos encontrados confirmam a teoria da West Point de que a caixa foi deixada por cadetes em 1828 ou 1829, quando o monumento original, que homenageia a o herói da Guerra Revolucionária, Thaddeus Kosciuszko, foi concluído.
Kosciuszko projetou fortificações durante a guerra para o Exército Continental em West Point. Ele morreu em 1817. Uma estátua de Kosciuszko foi adicionada ao monumento em 1913. A preservação histórica e a análise da cápsula do tempo continuarão. “Acho que podemos aprender mais com isso”, disse Hudson, “para aprender sobre a história da academia e sobre a história do país”.
Redação / Folhapress