Principal nome brasileiro da história da marcha atlética e um dos maiores destaques do atletismo na atualidade, Caio Bonfim vem fazendo escola pelo Brasil. Pela primeira vez no programa dos Jogos da Juventude, a prova consagrou, neste sábado (2), seus campeões: Maria Luiza Jaime, do Paraná, e Davi Gabriel da Silva, do Espírito Santo.
E é justamente Caio Bonfim a inspiração da dupla. Medalhista de bronze no Mundial de 2023, disputado em agosto, o marchador de Brasília (DF) é o ídolo que não sai da cabeça dos jovens que levaram o ouro na estreia na prova, disputada em Pirassununga (SP), subsede dos Jogos da Juventude Ribeirão 2023.
“Vejo o Caio como uma grande inspiração pra mim. Me inspiro muito nele para chegar onde ele chegou. Caio começou de baixo, como eu, e foi treinando, evoluindo mais e mais e é um dos melhores do mundo”, disse Davi, de apenas 15 anos, que venceu os 5.000m da prova masculina com o tempo de 25m28s33.
Já Maria venceu os 3.000m da prova feminina com a marca de 16m15s04. Aos 17 anos, ela sonha com o reconhecimento maior da prova pelos brasileiros e acredita que o desempenho dos principais atletas do país contribui e muito para visibilidade do esporte.
“Vemos tudo o que o Caio está fazendo, com duas medalhas em mundiais. Ele está fazendo história. A Viviane Lyra também fez uma baita de uma temporada e isso é muito bom para a marcha. Muita gente não conhece, pensa que é aquela ‘corrida rebolando’. Então, queremos ter mais visibilidade, mostrar que a marcha atlética é para todos”, destacou a jovem paranaense.
Com o sonho de seguir os passos do ídolo, Davi e Maria colocaram seu nome na história dos Jogos da Juventude como os primeiros campeões da prova e se emocionaram ao levarem a medalha de ouro para casa.
“Fiquei muito emocionada quando soube que iria ter a marcha nesse meu último ano com idade para os Jogos da Juventude. Sempre quis viver esse momento de estar aqui com a delegação do Paraná. Na cerimônia de abertura, chorei. Vim pra fazer história na marcha, que é o esporte da minha vida”, destacou Maria.
Davi ressaltou todo o esforço dedicado ao longo dos últimos anos para subir no lugar mais alto do pódio. “Eu treinei muito para isso. Bati na trave outras vezes no Brasileiro. Botei em prática tudo o que eu tinha, o que eu treinei. Fiz a parte difícil nos treinos para parecer fácil aqui. Só tenho a agradecer, não só pela colocação, mas por poder competir com tantas pessoas boas e por todo esse esse evento”, ressaltou o jovem capixaba.
Atletismo nos Jogos da Juventude
As provas de atletismo estão sendo realizadas na Academia da Força Aérea, em Pirassununga, sendo a base mais distante de Ribeirão Preto. A competição continua neste domingo (3), dia em que serão disputadas outras nove finais: salto triplo, arremesso de peso, salto em altura, 100m com barreiras e 800 metros na categoria feminina, além de lançamento do disco, salto em distância, 800 metros e lançamento do dardo, no masculino