SÃO PAULO, E SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O técnico Fernando Diniz sabe que tem um jeito peculiar de olhar o futebol, mas entende que os jogadores da seleção brasileira são capazes de entender rapidamente o estilo do treinador.
A rotina da seleção é diferente do dia a dia dos clubes. Pelo Brasil, Fernando Diniz comandará períodos curtos de treinamentos de tempos em tempos. Nos clubes, há chance diária de corrigir erros.
A complexidade aumenta por conta do “Dinizismo”: o estilo do treinador do Fluminense não pede posicionamento fixo dos atletas em campo. Na maior parte dos times da Europa, existe o jogo posicional, onde cada atleta tem sua área delimitada dentro das quatro linhas.
Mesmo assim, Fernando Diniz não vai mudar. O objetivo é acelerar a compreensão tática. Para isso, Diniz priorizou convocados que têm bom entendimento de jogo.
Outros já foram ou são dirigidos por Diniz e poderão ajudar os companheiros durante os treinos para as eliminatórias: Nino, Ibañez, Caio Henrique, Renan Lodi, André, Bruno Guimarães e Antony.
“Eu acho que vou fazer o que sempre fiz quando chego nos clubes. Tentar colocar as ideias uma de cada vez, sem tudo de uma vez só. Paulatinamente, o time entende o que eu desejo, o que vejo do futebol. Qualidade técnica excepcional, jogadores têm hábito de jogar de forma posicional nos seus clubes, um pouco diferente do que eu gosto que façam, mas creio que vão se adaptar”, disse Diniz, em entrevista coletiva.
O Brasil enfrentará Bolívia e Peru nos dias 8 e 12 de setembro, respectivamente, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo.
A seleção brasileira se apresenta nesta segunda-feira (4) e terá três treinos antes de enfrentar os bolivianos na sexta, no Mangueirão.
A delegação viaja domingo e treina duas vezes antes do duelo com o Peru, em Lima.
Fernando Diniz, então, terá cinco sessões completas de treinamento com a seleção nesses primeiros compromissos do ciclo para a Copa do Mundo de 2026.
EDER TRASKINI E LUCAS MUSETTI PERAZOLLI / Folhapress