Morte e 70 mil isolados, como funciona o festival alternativo Burning Man?

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Estima-se que 70 mil pessoas estão isoladas no deserto de Black Rock, no estado da Nevada, nos Estados Unidos, após forte chuva que atingiu a região, onde era realizado o festival Burning Man no fim de semana. Lama e inundações não permitem que as pessoas deixem o local desde o sábado.

Além dos 70 mil isolados, uma pessoa morreu em decorrência do estado climático que prejudicou o festival alternativo considerado o “Meca da contracultura” e atrai multidões em suas edições.

A entrada da Black Rock City, como é chamada a “cidade improvisada” em que acontece o evento, permanecerá fechada pelo menos até esta segunda-feira (4), quando o evento se encerraria. A informação foi confirmada por meio do Twittter do Gabinete do Xerife do Condado de Washoe.

No entanto, os participantes do Burning Man podem ficar presos por vários dias, dizem os organizadores. “A entrada e a saída estão suspensas até um novo aviso”, relataram à imprensa norte-americana. Ontem, autoridades orientaram que se economize comida, água e combustível.

Algumas pessoas conseguiram deixar o local a pé. O DJ Diplo fez parte do trajeto a pé e depois pegou carona com fãs, como afirmou pelo Instagram.

O QUE É O BURNING MAN?

Icônico e alternativo, o festival acontece desde 1986 quando os amigos Jerry James e Larry Harvey incendiaram o primeiro “Man” -um boneco de madeira e símbolo do evento- em Baker Beach, em São Francisco. Essa imagem se repete no final de cada edição.

O festival, que parece utópico, é vendido como “um sonho para ser vivido durante uma semana”. Dentro da Black Rock City, um espaço que opera sem governantes e apenas com princípios de cooperação e vivência em sociedade, tem de tudo: desde pronto-socorro e igreja, até restaurantes. Hoje, é considerado um dos maiores eventos alternativos do mundo.

É cobrado um ingresso para entrar e um valor para o camping, mas lá dentro a moeda que impera não é o dinheiro, mas o conhecimento. Todos os anos, milhares de pessoas vão ao festival para viver uma semana de maneira coletiva a fim de criar uma cidade temporária dedicada à arte. Cada pessoa é responsável por levar tudo o que vai consumir, até a água.

E como funciona a curadoria musical? É possível ouvir artistas ligados à música eletrônica, dance, trance, drum & buss. Além disso, o espaço conta com grandes esculturas e instalações montadas a céu aberto.

Redação / Folhapress

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