A Polícia Militar faz nesta terça (5) uma operação contra o tráfico de drogas na Ilha das Cobras, bairro de Paraty onde o músico Rinaldo Oliveira Amaral, o Mingau, baixista da banda Ultraje a Rigor, foi baleado no noite de sábado (2).
Um homem foi preso na ação, por suspeita de tráfico de drogas. Com ele foram apreendidas porções de cocaína e maconha e pedras de crack. Ele ainda não indicou advogado.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito não tem relação com a tentativa de homicídio do músico.
Mingau, 56, foi atingido por um tiro na cabeça na praça do Ovo, na Ilha das Cobras. O baixista está internado na UTI do Hospital São Luiz Itaim, em São Paulo. O estado de saúde dele é grave.
A Polícia Militar afirma que a operação desta terça não faz parte do inquérito que investiga o ataque ao músico.
A ação já estava prevista no cronograma do comando do batalhão da área, diz a PM. O objetivo é coibir a movimentação de criminosos na Ilha das Cobras e no Condado, bairro vizinho.
A região, segundo as autoridades, é dominada por traficantes da facção Comando Vermelho e é conhecida por ser um ponto de venda de drogas.
A polícia investiga se criminosos confundiram o carro de Mingau e, por isso, atiraram contra ele. O veículo, um Ford Ranger preto, foi apreendido.
Quando Mingau foi baleado, ele tinha acabado de sacar dinheiro em uma agência bancária no centro de Paraty, na parte turística da cidade. De lá, seguiu para a Ilha das Cobras.
Inicialmente, o amigo que o acompanhava disse à Polícia Militar que os dois foram ao bairro para comprar drogas. Depois, em depoimento na delegacia, afirmou que foram à região para fazer um lanche.
Um homem suspeito de envolvimento no ataque contra o músico foi preso ainda na tarde do domingo. Outros três suspeitos foram identificados pela Polícia Civil nesta segunda (4), mas eles ainda não foram localizados.
Mingau é baixista da banda paulista Ultraje a Rigor desde 1999 e tem uma pousada em Trindade, bairro de Paraty. Após ser baleado, o músico foi levado para o Hospital Municipal Hugo Miranda e depois transferido para São Paulo em uma UTI aérea.
CAMILA ZARUR / Folhapress