Um terço dos Jogos da Juventude já passou. Com o fim da primeira onda, que teve as disputas de atletismo, badminton, ciclismo, ginástica rítmica, taekwondo e wrestling, São Paulo é o líder da competição com 16 ouros, 15 pratas e 8 bronzes, somando 39 no total. Em seguida, estão o Rio de Janeiro e o Paraná com 9 ouros e 28 total. Os cariocas levam vantagem nas pratas, 9 a 7, e, por isso, estão na segunda colocação. Também com 28 medalhas no total está Santa Catarina, que tem 8 de ouro. O Espírito Santo fecha o top-5 com 4 ouros e 10 medalhas no total. Para o coordenador de esportes, Jessé Oliveira, a quantidade de estados representados no quadro de medalhas mostra que o trabalho de base está sendo desenvolvido em todo o Brasil.
“Hoje temos um quadro de medalhas com uma certa liderança, mas tem muita coisa pela frente, modalidades com muita distribuição de medalhas como a natação e o judô. Ficamos muito felizes de ver o quadro de medalhas tão completo. Os feedbacks têm sido favoráveis e estamos satisfeitos por ver o esporte de base sendo desenvolvido nos quatro cantos do país”, disse Jessé, lembrando que 25 estados já medalharam e 18 deles têm, pelo menos, um ouro.
Em relação aos atletas, várias delegações tiveram destaques em termos de medalhas, até o momento. O Piauí reafirmou sua força no badminton, com Klerton Zaidan (PI) sendo campeão individual e na dupla masculina. Mas a modalidade teve como grande destaque Maria Fernanda Santos, do Rio de Janeiro, que conseguiu 100% de aproveitamento: campeã nas duplas mistas, duplas femininas e individual.
“Ano passado, eu havia conquista apenas uma prata e um bronze e coloquei como meta pegar os três ouros esse ano. O badminton significa tudo para mim, uma oportunidade poder ajudar minha mãe e minha irmã. O Sebastião (treinador e criador do Projeto Miratus) é como um pai para mim, exige muito da gente, principalmente na escola. Estou muito feliz com meu esforço e dedicação”, disse Maria Fernanda, cria da Chacrinha, no Rio de Janeiro, que entrou aos seis anos no Projeto Miratus, que revelou Ygor Coelho, principal nome da modalidade.
No atletismo, na questão de medalhas, Maria Eduarda Oliveira (SP) conquistou ouro no salto em altura e no triplo, e Hakelly Souza, de apenas 14 anos, que levou o título nos 100m e 200m feminino. Quanto às marcas, destaque para Vinicius de Brito, de Santa Catarina, com recorde sul-americano nos 110m com barreiras e Alessandro Borges (SP) que fez 20m no arremesso do peso com apenas 16 anos.
Também de Santa Catarina vieram os principais destaques do taekwondo. Isabelle Dalapria (até 63kg) e Vitoria Otto (+63kg) venceram suas categorias e também compuseram a equipe mista que foi campeã dos Jogos da Juventude 2023. Ainda nas artes marciais, Mythis Richard (até 80kg) e Gustavo Duarte (até 110kg) foram os grandes destaques do Rio de Janeiro, que liderou o quadro de medalhas do wrestling, graças aos ouros deles no individual e também na equipe masculina. No feminino, não há como não citar Joice Vitoria (até 43kg), que também foi campeã em sua categoria e ajudou a seleção feminina do Espírito Santo a faturar o ouro por equipes.
O ciclismo teve um novo antigo destaque. Daniel Santos Lima (SE), mais uma vez, dominou as provas da modalidade, com ouro nas provas de estrada, corrida por pontos e velocidade individual ciclismo. Outro nome que merece citação é Kawani Sofia, de Pernambuco, que conquistou três medalhas no ciclismo e segue em Ribeirão Preto para a disputa do triatlhon.
Por fim, o maior nome dos Jogos até aqui quanto à desempenho esportivo, é a exemplar aluna e atleta, Fernanda Alvaz, de São Paulo. A jovem venceu as quatro provas da elite da ginástica rítmica: individual geral, arco, bola e equipe.
Das 27 delegações, apenas Acre e Roraima ainda não subiram ao pódio nenhuma vez, mas isso pode mudar nas próximas ondas. A partir desta quarta-feira (06), começa a 2ª fase com as disputas da ginástica artística, triatlhon, voleibol, tênis de mesa e judô. A terceira onde começa no próximo dia 11, com esgrima, tiro com arco, vôlei de praia, basquete, natação, águas abertas e handebol.
“A nossa análise do evento está sendo a melhor possível. Tivemos recordes sul-americanos e brasileiros no atletismo, mostrando a força que podemos ter nos resultados quando as cidades-sede nos apresentam as instalações que proporcionam esse tipo de conquista. Tivemos também a estreia no ciclismo de uma prova nova, de potência, que teve um resultado excelente para um primeiro evento, distribuindo medalhas para diversos estados. Isso é uma conquista para sabermos como a modalidade está difundida pelo país”, contou Jessé Oliveira.
“Tivemos modalidades que estados que vieram de muito longe conquistaram medalhas, o que está sendo muito bom para o desenvolvimento esportivo do país. Estamos fazendo um evento num nível técnico muito bom. A segunda onda vai mostrar ainda mais essa diversidade esportiva do país”, completou o coordenador de esportes.