Nestlé próxima da Kopenhagen, IA em apps de relacionamento e o que importa no mercado

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Nestlé próxima da Kopenhagen, IA em apps de relacionamento e outros destaques do mercado nesta quinta-feira (7).

**KOPENHAGEN PRÓXIMA DA NESTLÉ**

A Nestlé anunciou, na madrugada desta quinta-feira, a compra da marca de chocolates Kopenhagen.

A Kopenhagen, que também é dona da Brasil Cacau, pertence à gestora americana Advent International, que a adquiriu em 2020.

São ao todo 800 unidades no Brasil, com 2 mil funcionários.

A compra da marca vem meses depois de a Nestlé ter conseguido destravar no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) a aquisição da Garoto, dando fim a um vaivém que durou 21 anos.

Em junho, o órgão antitruste aprovou a compra anunciada em 2002 por R$ 1 bilhão com o argumento de que as duas empresas não dominam mais o setor como na época, quando eram donas de 60% do mercado.

O Cade, porém, impôs algumas restrições à Nestlé. Uma delas proíbe a multinacional de comprar concorrentes que representem 5% ou mais do mercado relevante de chocolates por cinco anos.

EM NÚMEROS

O consumo de chocolates no Brasil atingiu R$ 22 bilhões em 2022, alta de 18% sobre o ano anterior (valores nominais), conforme a consultoria Euromonitor.

**CEO DO BUMBLE DIZ QUE IA PODE AJUDAR NO FLERTE**

De que forma a IA (inteligência artificial) pode mudar as nossas vidas além do trabalho? Para a CEO do Bumble, aplicativo de relacionamento, a ferramenta pode ajudar os usuários a flertar.

“No geral, o adulto solteiro nos EUA não namora porque não sabe como flertar, ou tem medo de não saber”, disse Whitney Wolfe Herd no podcast de Emily Chang, jornalista da Bloomberg.

“E se você pudesse aproveitar o chatbot para gerar confiança, ajudar alguém a se sentir realmente seguro antes de ir conversar com um monte de pessoas que não conhece?”

A CEO do Bumble não deu mais detalhes, mas esse poderia ser um novo uso para a IA em apps de relacionamento.

ENTENDA

A ferramenta já é usada nessas plataformas para aumentar as chances de um match, ou seja, indicar usuários que tenham características a ver um com o outro, como preferências culturais, esportivas etc.

A novidade poderia inclusive incentivar as pessoas a voltarem a esses apps.

Depois de eles terem bombado em meio às medidas de isolamento durante a pandemia, agora os usuários estão demonstrando um cansaço dessas plataformas, conforme pesquisa do Match Group, dono do Tinder.

**PROCESSO CONTRA BOEING AVANÇA**

A Justiça Federal deu andamento a uma ação que acusa a americana Boeing de contratar uma série de engenheiros da brasileira Embraer.

ENTENDA

O processo movido por Abimde (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Defesa) e AIAB (Associação das Indústrias Aeorespaciais do Brasil) usa como argumento a soberania nacional.

As associações lembram que a livre concorrência é assegurada na Constituição, mas que é relativizada em nove situações específicas —a primeira delas, questões de soberania nacional. A Embraer é a maior fornecedora de equipamento militar para a Força Aérea Brasileira.

As entidades querem limitar a aquisição a 0,6% do corpo de engenharia de empresas estratégicas de defesa ou com contratos em projetos do tipo. A ação ainda prevê R$ 5 milhões em multa para a Boeing.

Estimativas do mercado apontam que cerca de 400 pessoas, a maioria formada por engenheiros e ao menos 120 da Embraer, foram contratadas desde o começo de 2022 pela Boeing em São José dos Campos (SP).O local é sede da Embraer e do ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), que tem parceria com a fabricante brasileira.

Briga antiga: apesar de não ser uma das partes na ação, a Embraer acumula rusgas com a rival Boeing. A principal delas é a que envolve o acordo de fusão entre as duas.

A oferta para comprar a divisão de aviação comercial da brasileira por US$ 4,2 bilhões (US$ 5,2 bilhões hoje, ou R$ 25,8 bilhões) veio em 2017.

Ela foi aceita pela empresa e pelo governo brasileiro, que tem poder de voto na companhia.

Três anos depois, porém, o negócio foi desfeito pela americana, com a justificativa de que a Embraer não estava cumprindo seus prazos no negócio.

O argumento não foi engolido pela fabricante brasileira, que já tinha gasto centenas de milhões de dólares para integrar sua operação à americana.

Ela então acionou a Boeing na corte de arbitragem de Nova York, em busca de indenizações.

**O QUE MAIS VOCÊ PRECISA SABER**

MERCADO

Credores questionam proposta da Light para acelerar reestruturação de dívida. Empresa confirma que conselho aprovou suspensão de recuperação judicial.

TWITTER

X, ex-Twitter, teria perdido R$ 199 bi em valor, segundo cálculos de Elon Musk. Bilionário estima que ONG causou perdas de no mínimo R$ 19,9 bilhões, o que representaria 10% da depreciação da rede social.

ARTUR BÚRIGO / Folhapress

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