Um grande refeitório foi montado no Centro de Convivência dos Jogos da Juventude Ribeirão Preto 2023, com capacidade para atender 800 pessoas simultaneamente. Todos os dias são servidos, em média, 2 mil almoços e 1.500 jantares aos atletas, voluntários e profissionais envolvidos. Até o final do evento multiesportivo, que segue até o próximo sábado (16), cerca de 60 mil refeições terão sido fornecidas.
O cardápio é variado, mas o tradicional arroz e feijão não podem faltar. Proteínas, salada, legumes e frutas também estão garantidos. Tudo para atender às necessidades nutricionais dos jovens atletas. Para dar conta de tanta comida, cerca de 30 profissionais trabalham divididos em turnos na cozinha e mais 20 estão na limpeza do espaço.
A responsável pelo setor de alimentação dos Jogos, Flávia Albuquerque, reforça que os cuidados vão além do cardápio. Ela, que também é nutricionista, conta que uma das preocupações envolvem a segurança e descarte correto dos alimentos.
“A minha visão não é só o controle da alimentação, mas também com o olhar para dentro da cozinha. Então, toda parte sanitária eu acabo cobrando do buffet e ficando muito atenta. Também fazemos as adequações necessárias para a operação, justamente para manter a segurança dos alimentos, porque são muitas refeições. Além disso, procuramos cozinhar apenas o que vai servir para não ter que reaproveitar. Não só pela exigência sanitária, mas também para minimizar o descarte, passando uma previsão mais fidedigna com a realidade”, disse Flávia Albuquerque.
“O que conseguimos fazer e tentamos conscientizar é a parte do descarte. Temos diferentes lixeiras para separar o orgânico, a caixa do suco, que é super reciclável, e os canudos. Também não fornecemos copos plásticos, pois entregamos garrafas para eles”, completou.
Hevelyn Martins, do Acre, e Emanuel Franciel, do Piauí, aprovaram o cardápio.
“Está excelente! Comi de tudo e estava tudo uma delícia. Tentamos manter uma alimentação equilibrada, principalmente em época de jogo, então aqui eu consegui”, falou a mesatenista Hevelyn.
“A alimentação daqui é bacana, com bastante salada, que é importante para o corpo e para nos alimentarmos bem. Eu e meus amigos gostamos muito de comer aqui, principalmente a lasanha”, contou Emanuel Franciel, atleta do vôlei.
Conhecimento sobre nutrição
A programação dos Jogos da Juventude abriu espaço para compartilhar conhecimento sobre nutrição esportiva. No último sábado (2), a Ajinomoto, patrocinadora do Comitê Olímpico do Brasil, promoveu uma palestra sobre o programa de educação nutricional “Alimentação para Vencer – Kachimeshi”, com o objetivo de disseminar informações a respeito de uma alimentação equilibrada e saborosa.
Conduzida por Alan Nagaoka, nutricionista esportivo e consultor da Ajinomoto do Brasil, a apresentação reforçou os benefícios que bons hábitos alimentares promovem à saúde.
“Procuramos mostrar os principais pontos do programa e como pode ser adotado em diferentes clubes e modalidades no Brasil, além de ser adaptável as várias fases da vida e do treinamento de um atleta”, disse Nagaoka, que já integrou comissões técnicas de diversas seleções, além de ter participado da preparação de atletas para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, e de Tóquio, em 2021.
We are the champions, my friend!
Um dia de muito vôlei, com uma animada torcida que lotou o ginásio do Sesi, em Ribeirão Preto, deu o ponto final às disputas da modalidade nos Jogos da Juventude Ribeirão Preto 2023. E os estados que mais tiveram motivos para comemorar foram Santa Catarina, campeã no feminino, e o Rio de Janeiro, ouro no masculino e prata no feminino. O título entre os homens veio com vitória sobre Paraná por 3 sets a 0 (25×22, 25×23 e 29×27). A final masculina da primeira divisão, que contou com transmissão do Canal Olímpico, teve como destaque David, oposto do Rio de Janeiro que foi muito acionado nos momentos cruciais da partida.
“O técnico e os companheiros de equipe me deram muita moral. No final do set, a gente estava atrás e eles confiaram em mim para buscar o placar. Felizmente, conseguimos virar, virar e virar. Tivemos muitos erros bobos, mas conseguimos a vitória porque somos um time unido! As marcas dessa equipe são a união e o esforço. Foi muito emocionante”, disse o iluminado oposto, que está há quatro anos praticando a modalidade no Flamengo, e também chamou a atenção pelas comemorações inusitadas. O Rio de Janeiro virou o placar nos três sets que venceu.
Na final feminina, um jogo de muitas emoções. Santa Catarina saiu na frente, tomou a virada, mas conseguiu se recuperar e fechou o jogo em 3 sets a 2 (25×21, 17×25, 21×25, 25×20 e 15×13). Morgana Wulff, central de Santa Catarina, destacou dois aspectos que foram fundamentais para que o time não se abalasse com o placar adverso.
“Com certeza, a união da nossa equipe e a nossa comunicação fizeram a diferença. A gente se juntou e lutou para esse objetivo final. Sem a nossa comunicação, sem a nossa união, nada disso teria sido possível. Estamos muito felizes porque o nosso objetivo era sermos campeãs dos Jogos da Juventude”.
As disputas pelo bronze ocorreram no ginásio do Colégio Sabin. Na primeira divisão, a seleção feminina do Paraná venceu o Rio Grande do Sul por 2 sets a 0 (25×13 e 25×13). Laura Bieleski, ponteira das catarinenses, destacou que o time tinha chances de ir até mais longe. “Nós viemos com a intenção de sermos campeãs, o nosso time tinha bastante potencial. Só que acredito que o jogo é jogado e o resultado era para ser esse. Então, estamos muito felizes com o bronze”.
Já no masculino, Pernambuco venceu o Mato Grosso por 2 sets a 1, parciais de 25×20, 20×25 e 15×9. Bruno Valente, levantador e capitão do time, comemorou bastante o pódio da equipe que ano passado disputou a segunda divisão. “É muita felicidade, muito trabalho duro e em conjunto. Foi uma vitória suada, um jogo muito cansativo, mas foi ótimo estar aqui e ganhar o bronze para Pernambuco”.
2ª divisão do vôlei nos Jogos da Juventude
A última partida de vôlei dos Jogos da Juventude foi disputada por Distrito Federal e Rio Grande do Sul e definiu o campeão da segunda divisão masculina. Melhor para os candangos que venceram os gaúchos por 3 a 2 (25×22, 22×25, 20×25, 25×19 e 15×7). A vitória foi ainda mais importante porque o DF havia perdido na fase de grupos para o RS.
Mais cedo, São Paulo venceu Pernambuco por 3 sets a 1 (17×25, 25×17, 25×20 e 25×20), de virada e levou o troféu feminino pra casa. Ambas as equipes irão disputar a divisão principal em Blumenau 2024.
As equipes que ficaram na terceira colocação da segunda divisão foram o Pará no masculino, que venceu o Ceará por 2 sets a 0 (25×20 e 25×15), e o Distrito Federal no feminino, que superou o Rio Grande do Norte por 2 a 1 (25×15, 23×25 e 15×7).
3ª divisão do vôlei nos Jogos da Juventude
Na terceira divisão, Santa Catarina venceu Goiás, no masculino, por 3 a 0 (25×22, 25×16 e 25×17), enquanto que no feminino, o Ceará derrotou Amazonas por 3 a 0 (25×9, 25×9 e 25×16). As quatro equipes estarão na segunda divisão no ano que vem nos seus respectivos naipes.
O terceiro lugar no masculino ficou com o Acre, que venceu Rondônia por 2 sets a 1 (25×22, 19×25 e 15×13), e, no feminino, com Goiás, que também derrotou a equipe rondoniense por 2 a 1 (21×25, 25×19 e 15×8).
Confira os quatro primeiros colocados de todas as divisões em ambos os naipes:
Primeira Divisão – Feminino
Campeão: Santa Catarina
Vice-campeão: Rio de Janeiro
Bronze: Paraná
Quarto: Rio Grande do Sul
Primeira Divisão – Masculino
Campeão: Rio de Janeiro
Vice-campeão: Paraná
Bronze: Pernambuco
Quarto: Mato Grosso
Segunda Divisão – Feminino
Campeão: São Paulo
Vice-campeão: Ceará
Bronze: Distrito Federal
Quarto: Rio Grande do Norte
Segunda Divisão – Masculino
Campeão: Distrito Federal
Vice-campeão: Rio Grande do Sul
Bronze: Pará
Quarto: Ceará
Terceira Divisão – Feminino
Campeão: Ceará
Vice-campeão: Amazonas
Bronze: Goiás
Quarto: Rondônia
Terceira Divisão – Masculino
Campeão: Santa Catarina
Vice-campeão: Goiás
Bronze: Acre
Quarto: Rondônia
