Roda do monotrilho de São Paulo se solta e fica presa em tela entre vigas

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um pneu do monotrilho da linha 15-prata do metrô de São Paulo se soltou na tarde desta segunda-feira (11) e caiu em uma tela de proteção. O acidente ocorreu entre as estações Jardim Planalto e Sapopemba, na zona leste da capital.

Ninguém ficou ferido, de acordo com o Metrô, e a circulação de trens não precisou ser interrompida.

Em fevereiro de 2020, o estouro de um pneu fez com que toda a linha ficasse paralisada durante cerca de cem dias. O sinistro deu origem a um inquérito civil público no Ministério Público de São Paulo.

Em nota, o Metrô confirmou que técnicos constataram que um pneu-guia de um trem da linha 15-prata se soltou na tarde desta segunda.

“A composição foi retirada de circulação e segregada para análise do Metrô e do consórcio fabricante”, afirmou a estatal do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Segundo a companhia, a ocorrência não impactou a operação e o pneu ficou retido na tela de segurança entre as vigas da linha-15 —o monotrilho circula a cerca de 15 metros de altura.

“Os trens desta linha, assim como todos os outros do Metrô, possuem equipamentos de reposição que garantem a substituição segura em casos de anormalidades, sem impacto na circulação”, afirmou em trecho da nota.

O monotrilho paulistano coleciona problemas e acidentes. Em março, a colisão entre dois trens, exatamente entre as estações Sapopemba e Jardim Planalto, paralisou toda a linha. A batida foi provocada por falha humana, segundo o Ministério Público.

De acordo com a Promotoria de Justiça e Patrimônio Social, três funcionários teriam falhado, um do centro de controle da linha, o operador de um trem que entrou na contramão e o da outra composição, que estaria olhando para outro lado, sem atenção.

Em setembro do ano passado, um bloco de concreto caiu em cima da ciclovia na avenida Luiz Ignacio Anhaia Mello, na zona leste da capital paulista.

O buraco foi aberto na junta que liga vigas entre as estações Oratório e Parque São Lucas. Ninguém foi atingido, mas pedaços de concreto ficaram espalhados pela via de ciclistas e pelo gramado ao lado.

O CEML (Consórcio Expresso Monotrilho Leste), responsável pela obra, disse na época que o evento era pontual e isolado, sem dano material ou pessoal, e que o o reparo foi integralmente realizado.

Em janeiro de 2019, dois trens já tinham se chocado na estação Jardim Planalto. Um dia depois, um equipamento chamado terceiro trilho se soltou e ficou pendurado a 15 m do solo. Depois, o muro de uma das novas estações desabou sobre a escada que dá acesso à plataforma.

Uma manutenção que atrasou prejudicou a circulação dos trens da linha 15-prata durante quase oito horas no último dia 24 de maio. A passarela da estação Oratório, na Vila Prudente, ficou lotada de passageiros.

No mês passado, o Sindicato dos Metroviários chegou a marcar uma paralisação porque estava nos planos do Metrô terceirizar a manutenção da linha 15-prata. A greve foi suspensa depois que o governo adiou o edital.

FÁBIO PESCARINI / Folhapress

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