SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Ferroviário-CE tem uma arma bastante conhecida do futebol brasileiro para encarar a Ferroviária-SP, nesta noite, pela ida da final da Série D: Jociel Ferreira da Silva. Sabe quem é?
QUARENTÃO ARTILHEIRO
Ciel (ou Ciel 99, como é mais conhecido) é o cara do Tubarão. O atacante marcou 11 gols em 12 jogos com a camisa da equipe cearense nesta edição do torneio nacional.
O faro de artilheiro apareceu em momentos decisivos da campanha: ele balançou as redes adversárias nas oitavas, nas quartas e até na semifinal o Ferroviário superou o Caxias no último fim de semana e se garantiu na decisão da Série D.
O jogador vive seu auge aos 41 anos. A temporada de 2023 é a mais goleadora do pernambucano de Caruaru 2 gols em 38 jogos. Ele acumula passagem, entre outros clubes do Brasil e dos Emirados Árabes, pelo Fluminense, onde jogou em 2008.
No Fluminense, aliás, Ciel 99 era “apenas” Ciel. O número foi adotado até no nome do atacante a partir de 2016. O artilheiro explicou ao UOL qual foi a inspiração para a mudança.
“Vi aquela superação com o joelho do Ronaldo e pensava que ele não voltaria a jogar, mas ele superou e voltou firme. Em 2016, quando eu vim para o Brasil e acertei com o Ceará, tinha entregue minha vida para Jesus. Tem uma música que fala das 100 ovelhas: uma perdida no mundo, que era eu, e as outras 99. O pastor falou que a ovelha perdida era eu. Quando me converti, me identifiquei com esse louvor e o número 99. Desde aquele dia, só usei a camisa 99 em todos os clubes Ciel”, disse ao UOL
MAIS SOBRE CIEL
Melhor fase da carreira aos 41 anos? “Tenho 35 anos, está errada essa data aí (risos). Sou grato ao Senhor pelo momento que estou vivendo. Aqui não é só o Ciel, mas todo o grupo. A temporada está sendo espetacular e com conquistas. É o meu melhor momento da minha carreira pelos gols e conquistas. Sou grato pelo que estou vivendo junto ao grupo. Tenho certeza que posso realizar mais sonhos e alcançar objetivos nesta reta final.”
Inspiração para os mais jovens. “A gente vê os meninos novos com alegria, determinação e foco para dar sempre o melhor, e isso me ajuda bastante também. Há horas em que dá para dar um pique a mais, defender um pouco mais… é um ajudando o outro e é por isso que estamos vivendo um momento deste.”
Ciel em campo: até quando? “É uma pergunta que todo mundo faz. Sempre falo que, enquanto Jesus me der força e saúde, vou estar fazendo o que gosto: jogar e fazer gols. Quando eu estiver dando raiva aos meus companheiros, ao meu treinador e ao clube em que estiver, pego minhas coisas e vou para casa. Enquanto dou alegrias para o torcedor e complicando os adversários, vou entrar sempre em campo. Peço sempre saúde, sabedoria, alegria e paz. Sei que tem muita coisa para rolar.”
BRUNO MADRID / Folhapress